quarta-feira, 2 de setembro de 2009

E Deus criou a internet...

Alguns milhões de anos depois de criar o universo o Senhor se entediou de ver sua obra se acabando e fazendo tolices...

Então, Ele parou, pensou e enfim teve uma nova idéia: criar outro universo, desta vez... Virtual!!

Os anjos logo falaram:

- Senhor, mas virtual?? Que coisa mais sem graça!!!

E Deus respondeu:

- Pode parecer sem graça, mas quando estiver tudo pronto vai ser muito interessante.

Começando sua nova obra, Deus, no primeiro dia criou os computadores pessoais - conhecidos como PC's, eram lentos, com pouco espaço e não ofereciam muita diversão. Mas obstinadamente Deus foi aperfeiçoando o negócio. Colocou memória RAM, aumentou os HDs, turbinou os processadores, melhorou as placas de vídeo e som, inventou os monitores de LCD até que os PC's encolheram de tamanho e multiplicaram a capacidade de servir ao homem - esse descendente daquele primeiro homem, o tal de Adão.

Os PC's adequados agora conversavam entre si através da internet. Foram criados os sites de relacionamento, os bate papos, o ICQ, o MSN, o skype, os navegadores e tudo quanto o homem precisasse para não sair mais perto dos computadores.

Os anjos, aquela altura, começavam achar tudo bastante divertido.

Pessoas que convervam em tempo real com imagem e som estando a milhares de quilometros de distância, páginas que contavam um pouco sobre cada pessoa daquele universo, a multiplicidade adquirida pelos humanos que podiam estar ao mesmo tempo no mundo real e no virtual.

Mas com tantas facilidades, a vida no mundo virtual foi ficando, obviamente, um tanto fácil.

Então Deus se lembrou de colocar limites na sua criação, algo como a maçã que ele plantou no paráiso.

E depois de muito refletir, Deus teve uma ideia brilhantes: criou programas de compartilhamento de arquivos.

Tudo parecia que vinha para o bem, pois as pessoas poderiam dividir suas posses. Uma divisão que não diminui, mas que multiplica músicas, filmes e programas por todo o mundo.

Massssssssssssss, como a ideia era limitar, Deus deu aos homens todas as ferramentas, estimulou a troca e quando tudo parecia correr bem, alguém lá do alto falou:

- Quem baixar arquivos no universo virtual será expulso do paraíso.

A história se repete, mas tenho para mim, que se isso for cumprindo, assim como o paraíso, o tal mundinho virtual ficará às moscas!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

5 anos...

Dos homens da minha vida
O que mais beijei foi meu avô.
Dele herdei uma mala,
uma bússola ,
um canivete,
e gosto pelas viagens.
Nunca conheci ninguém,
além dele,
que não tivesse um momento sequer de mau humor.
Confesso que tive a oportunidade de vê-lo bravo,
Mas mal humorado... nem uma vez.
Homem de hábitos particulares
Era incapaz de gastos supérfluos.
Jamais gastava com roupas, sapatos e outros luxos.
Pois se o fizesse, sobraria menos para o essencial:
Os Vinhos!!! Ah, isso sim, quem poderia viver sem eles!?!?
Mas ainda assim, não era pão duro,
Porque se fosse,
jamais levaria a reboque toda a família para conhecer os mais longínquos e exóticos lugares.
E com toda a sua simplicidade, era um homem de gosto fino
e dedicou parte da vida a um único esporte, esqui na neve!
Nos idos de 60 chegou a ir para Argentina de Kombi com os filhos mais velhos
para praticar seu esporte do coração.
Acho que não sou capaz de imaginar as condições de tal aventura.
Mas mesmo assim, os participantes da epopéia só têm boas recordações.
Imagino que sob o seu comando,
A Kombi e as estradas deviam parecer seguras e confortáveis!
Organizado e rigoroso com horários,
Não fazia menor cerimônia em ditar as ordens,
Nem sempre com muita delicadeza,
mas sempre com uma segurança que ninguém se atrevia a questionar.
Adorava de sorvete de creme,
torta de frango da Edith,
Queca da Marião,
Peito de frango,
Queijos, truta
E muitas outras coisas.
não comia chocolate, contava que era alérgico.
A única coisa que me lembro dele não gostar era abóbora,
mas depois dos 80, disseram-lhe que fazia muito bem
e ele então passou a comer abóbora todos os dias,
sim, todos os dias!!
Não era homem de meios termos,
Se era bom, era bom e pronto!
Mas bom, bom mesmo, era ele...
Construiu uma casa, que apesar de saber tudo de eletricidade,
não tenha luz direta na sala, mas
tem seis quartos de dormir, um escritório,
uma salinha para o sol, um quarto de música, uma sala de jantar,
lareira, varanda e um quarto enorme para os netos.
Parece um exagero, mas não é,
Apesar de nenhum dos dez filhos terem morado na casa,
Ela fica pequena quando a turma chega,
Mas ai, a gente vai se achegando, achegando
E sempre acha um lugar.
Porque a casa que ele fez,
a casa da minha vó,
é a casa de todos nós!
E quando vem a saudade,
A gente olha ao redor,
E vê que eles estão lá.
Ele, entornando vinho na mesa.
Ela, olhando o prato, olhando por todos nós.
Ele, derramando gargalhadas,
Ela, economizando palavras.
Por hora,
nada mais a dizer.
Para sempre,
muito para lembrar...

domingo, 16 de agosto de 2009

o que alimenta a alma e o corpo...

Foi numa conversa cotidiana que surgiu o assunto sobre cozinhar. Não o cozinhar em dia de festa, executando com maestria aquela receita especial de um caderno pouco manuseado, mas o cozinhar do dia a dia.
Há anos faço isso, muitas vezes para comer sozinha, outras para receber amigos, outras família, e ultimamente para sentar a mesa com "as meninas".
Eu poderia facilmente pular essa tarefa, mas cozinhar alimenta minha alma.
Trivial simples: arroz, feijão, carne, legume, salada e muito, muito amor...
Alguns dias, temos um cardápio definido, quarta a noite, por exemplo, é dia de macarrão. A pequena adora e eu, como vou pedalar, me beneficio da energia da massa e das boas companhias.
Hoje foi dia de mesa cheia, dia de filet e risoto de morango. Cardápio diferente, de "festa", mas sem necessidade de receita.
A química começa nas minhas mãos, pula pra panela, é transformada pelo calor das chamas. Nesse momento o aroma já se espalhou pela casa enchendo de apetite os comensais.
Comida na mesa, deleite para os olhos e prazer para a boca.
Silêncio, sorrisos, um brinde.
Um brinde a todos os dias!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Em BH meu diploma vale mais!!

PROJETO EXIGE DIPLOMA PARA JORNALISTA DA CMBH E PBH


Foi protocolado, no dia 1º de julho, na Diretoria Legislativa da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), projeto de lei que estabelece obrigatoriedade de diploma de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, para os profissionais contratados para exercer o cargo de jornalista ou assessor de imprensa nos poderes Legislativo e Executivo do município de Belo Horizonte.

De autoria da vereadora Luzia Ferreira (PPS), presidente da Câmara Municipal, e do vereador Adriano Ventura (PT), o projeto defende a formação acadêmica e técnica nas faculdades de Comunicação para o trabalho jornalístico e se baseia no compromisso com a importância da profissão para a garantia e o avanço do sistema democrático.

A presidente da CMBH lembra que a exigência do diploma representou um avanço para o País, com a profissionalização de uma categoria cuja “atuação era condicionada por relações pessoais e interesses distintos de seu verdadeiro sentido, que é zelar pela qualidade de informação repassada à sociedade”.


Concursos


A exigência do diploma abrange a contratação por meio de concursos, de Processo Seletivo Simplificado (Habilitação) e de outros meios que as demais normas pertinentes, já existentes ou que vierem a vigorar, assim permitirem.

Para efeitos dessa lei, consideram-se exercício privativo de jornalista as seguintes atividades: direção, coordenação e edição dos serviços de redação jornalística; redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou coordenação de texto jornalístico a ser divulgado, contenha ou não comentário; entrevista jornalística ou reportagem, escrita ou falada; planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços técnicos de jornalismo, como os de arquivo e pesquisa.

Ainda: planejamento, organização e administração técnica dos serviços de redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou coordenação de texto jornalístico; coleta de notícias, informações ou imagens e seu preparo para divulgação, bem como o processamento de textos jornalísticos; revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção redacional e a adequação da linguagem.

E, finalmente: organização e conservação de arquivo jornalístico, pesquisa dos respectivos dados para elaboração de notícias, comentários ou documentários; elaboração de texto informativo ou noticioso para transmissão através de meios de comunicação eletrônica; e assessoramento técnico na área de jornalismo.

Considera-se também exercício privativo de jornalista aquelas atividades passíveis de divulgação por processos gráficos, radiofônicos, fotográficos, cinematográficos, eletrônicos, informatizados ou quaisquer outros. Também serão privativas de jornalista profissional as funções de confiança pertinentes às atividades descritas nesta lei, bem como quaisquer outras chefias a elas relacionadas.

A fiscalização ficará a cargo da sociedade organizada, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e de categorias congêneres.

http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=999931

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Senador apresenta projeto que torna obrigatória exigência de diploma para jornalista



Da Agência Senado


O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou, nesta quarta-feira (1º), proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula, obrigatoriamente, o exercício da profissão de jornalista aos portadores de diploma do curso superior de jornalismo. A PEC tem como objetivo superar o impasse provocado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no mês passado, declarou nula a exigência do diploma prevista no decreto-lei 972, de 17 de outubro de 1969.

A PEC, entretanto, apresenta duas ressalvas, ao permitir que colaboradores possam publicar artigos ou textos semelhantes e os jornalistas provisionados continuem atuando, desde que com registro regular. Os jornalistas provisionados com registro regular são aqueles que exerciam a profissão até a edição do decreto.

O decreto-lei permitiu, ainda, que, por prazo indeterminado, as empresas pudessem preencher um terço de suas novas contratações com profissionais sem diploma. Conforme a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), esses jornalistas provisionados possuem registro temporário para trabalhar em um determinado município. O registro deve ser renovado a cada três anos. E essa renovação só é possível para as cidades onde não haja nenhum jornalista interessado na vaga existente nem curso superior de jornalismo.

"Uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista. Era assim no passado, e resquícios desse período ainda atormentam a classe jornalística de tempos em tempos", argumenta o parlamentar sergipano, na justificação do seu projeto.

Conforme o senador, a principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é "a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação". Daí a exigência de formação e profissionalismo.

O senador rebateu, nesta quarta, as críticas dos que acham que a PEC é uma "confrontação ao Supremo", já que este teria tentado preservar a cláusula pétrea do texto constitucional que se refere à garantia da liberdade de expressão. Segundo Valadares, a exigência do diploma diz respeito não à liberdade de expressão, mas à qualificação indispensável para uma atividade profissional que interfere diretamente, e de forma ampla, no funcionamento da sociedade.

O parlamentar assinalou, também, que a existência da figura do colaborador em todas as redações é uma prova de que a liberdade de expressão não está sendo tolhida. Exemplos disso são médicos, advogados e outros profissionais que escrevem textos técnicos sobre os campos onde atuam. E poderão continuar a fazê-lo, caso a PEC seja aprovada.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um não ao "SE"...


Pouco sei dizer do que poderia ter sido. Sabe aquele tanto de "Se" que nos dizem, que a gente pensa... diga não a ele.
Não dá para passar a vida pensando nas possibilidades não vividas, nos passos que não demos, no emprego que não veio, nos filhos que não tivemos, na prova que perdemos, no amor que se foi, na viagem que não fizemos, na esquina que não viramos, na carreira que não escolhemos, nos amigos que não encontramos.
Sobre o que não aconteceu pouco sei dizer e menos ainda quero pensar.
Prefiro falar sobre "o que está sendo", assim mesmo... "gerundiando". Porque outra tolice é pensar só no que "é" como um fato isolado com princípio, meio e fim.
Sei falar muito bem sobre os passos que tenho dado pelas ruas e na vida.
Digo com certa propriedade a respeito do meu trabalho diário, da pequena que vive comigo, das provas que fiz, do amor que insiste em não partir, das inúmeras viagens que fiz - grandes e pequenas, das esquinas que viro e atravesso todos os dias, da carreira que escolhi e dos amigos que tenho encontrado.
Enfim, pensei esse texto enquanto caminhava, voltando do trabalho. Pensei e agradeci que tudo esteja acontecendo assim, do jeitinho certo, no tempo certo, sem "Se" nem "Senão".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Por que eu não quero "adevogar"?

Acredito no poder da informação e da palavra. Acredito na formação do profissional de imprensa. Enfim, acredito do meu DIPLOMA!!!

O domínio das técnicas aprendidas nos quatro anos de faculdade muito tem me servido. Não creio que folhear manuais ou simplesmente gostar de escrever me dariam a destreza que tenho com as palavras. Sim, eu tenho técnica e talento. Prestei vestibular, frequentei aulas de redação usando máquinas de escrever, tirei foto com máquinas manuais, diagramei sem computador, aliás, na minha época, jornalista não "se dava bem com computador".

No entanto, o senhor ministro do STF acha que não preciso do MEU diploma para exercer a MINHA profissão.

Ele alega que a exigência cerceia o livre direito de expressão, não consigo enxergar isso. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Outro motivo, segundo ele, é que a profissão não oferece nenhum risco, assim como um chefe de cozinha!!

Fico aqui, com meus botões, tentando achar o risco que oferece a sociedade um "adevogado", um juiz. Penso que eles, assim como nós, JORNALISTAS, oferecem risco sim. Se não matamos pessoas quando cometemos enganos no exercícios de nossa profissão, podemos matar a honra de qualquer cidadão.

Mas, mesmo assim, senhor ministro, mesmo sem uso, meu DIPLOMA tem valor. E prefiro ser jornalista a "adevogado". Prefiro contar fatos a arbitrar sobre o diploma alheio.

Faça bom uso do seu, que continuarei fazendo do meu!!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A porta aberta, o porto, a casa, o caos, o cais...


Confesso que durante grande parte do show o que me ocupou foram pensamentos sobre o blog.

O que escrever, qual título dar??? A cada frase do Anitelli, a cada música vinha uma ideia, um início...

Pensei no meu dia que começou às 6:15 da manhã, muito trabalho, ônibus para casa para pegar a mala, taxi para o terminal, vôo Confins/Santos Dumont, taxi para casa da Ia, banho correndo, emoção... taxi para Fundição Progresso... e enfim, depois de muita espera... “Sem horas e sem dores, respeitável público pagante, com vocês: O Teatro Mágico!!!”

A POESIA PREVALECE!! A POESIA PREVALECE!!!

O primeiro senso é a fuga, bom, na verdade é o medo...
E por ai vai... alegria em forma de música!!! Esse é O Teatro Mágico!!!
Mas vamos às abordagens, queria falar que algumas coisas não têm preço, queria colocar vários trechos de músicas, várias impressões. Mas o fato é que acabei atropelada pela emoção, pela alegria e estar ali. Eu e Lu (uma das meninas). De táxi pelo Rio de Janeiro, sem medo, porque a vontade supera todos os medos.

A Fundição é um espaço muito legal. Quem conhece Harry Potter acha parecido com um campo de quadribol. Quem não conhece acha parecido com uma fundição mesmo...rss

Não sei mais o escrever, o show ainda preenche todos os espaços do meu pensamento, e tomada por um egoísmo súbito, não quero deixar isso escapar para o “papel”.

Já estou esperando o próximo!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Devendo um post...

Bom, faz tempo que não consigo escrever. Depois da chegada das "meninas" o meu tempo realmente encolheu.
Hoje, no entanto, lembrei-me de uma resenha lida há alguns anos, e resolvi postá-la.
Foi publicada no caderno Pensar do jornal Estado de Minas em 2005. Não li o livro em questão, mas a resenha me emocionou. Pretendo lê-lo dia desses...

...ai vai...

Somos todos COMUNS (João Paulo Cunha)

Narrativas recolhidas pelo escritor americano Paul Auster mostram que toda vida tem uma história que merece ser contada e que ser apenas uma pessoa pode ser sinal de humanidade.

Um dos livros mais inteligentes escritos no século passado, O mal-estar na civilização, de Freud, abre com uma reflexão sobre o fato de que, quase sempre, vivemos tão marcados por ambições menores que deixamos passar batido o essencial. Escreve Freud: “É impossível fugir à impressão de que as pessoas comumente empregam falsos padrões de avaliação – isto é, de que buscam poder, sucesso e riqueza para elas mesmas e os admiram nos outros, subestimando tudo aquilo que verdadeiramente tem valor na vida”. Como tudo em Freud, mesmo não sendo o assunto do livro, essa impactante abertura fica depois da leitura. Como uma esfinge.
Um livro publicado recentemente pela Editora Companhia das Letras, Achei que meu pai fosse Deus, do romancista Paul Auster, faz aquela impressão ficar ainda mais forte. Auster, autor de belos romances e memórias, como O livro da solidão e Da mão para a boca, conta que, depois de um convite para ler histórias em uma rádio, resolve convocar os ouvintes para que mandem suas próprias histórias de vida. Em pouco tempo recebe mais de 4 mil. O livro é uma seleção desses relatos.
O que mais impressiona é o fato de que toda vida, quando não se perde naquilo que Freud alertava como um falso padrão, tem uma história que merece ser contada. Feito de gente comum, que vive a vida verdadeira, o livro faz rir e chorar com seus textos sem pretensão literária, escritos de forma direta, falando de amor, bichos, morte e família. A idade dos narradores vai do final da adolescência à velhice. Um painel da experiência humana da gente comum, mas que tem a capacidade de emocionar.
O que fica ao final da leitura de casos singelos é o valor da existência. Toda vida tem seu momento de beleza ou tristeza que merece o registro, seja para ensinar e ampliar nossa capacidade de sentir, seja para mostrar que a vida humana, como um grande tecido, é feita de pequenos gestos dos quais todos participamos. Todos tivemos nosso primeiro amor e primeira perda: um animal de estimação, um medo inexplicado, um alumbramento. Nesses momentos, pode acontecer o que Freud chamaria em seu livro de “sentimento oceânico”, uma sensação religiosa de participar do universo.
Nos relatos reunidos por Paul Auster, quase nunca há histórias de gente que lutou para ficar rica, famosa ou poderosa. As pessoas, quando tiveram que escolher um momento marcante da vida, parece que foram tomadas por outra escala de valores. Lembram de uma risada do pai (que morreu na guerra, mas a guerra não importa), do colarinho desabotoado pela professora como primeiro gesto de descoberta da sexualidade, do vestido branco com que a avó foi enterrada. Há tristeza, mas também humor, como na história da família de agentes funerários, que respeitam a morte, mas se divertem com os sustos pregados pela súbita contração de um corpo.
A literatura do século XIX, na virada para o XX, já havia descoberto essa via. Para os grandes romancistas, as reminiscências da infância, o medo da justiça, o amor não correspondido, tudo isso podia fazer de qualquer vida uma grande história. Sai o herói romântico e entra a gente comum. James Joyce, autor de Ulisses, que narra um dia na vida do comuníssimo Harold Bloom, escreveu um dos mais importantes romances de todos os tempos tendo como personagem uma pessoa como você, capaz de tudo que o arco da experiência humana possibilita.
Em Ulisses, ninguém é nobre ou tem ligações importantes. Carregamos no coração a capacidade de protagonizar lindas histórias. Os heróis não são os outros. O neurologista americano Oliver Sacks deu um passo além nessa história de tornar a todos nós heróis da vida real. Em seus livros, pacientes que perderam funções neurológicas importantes continuam a viver e ser felizes. Tem o homem que confunde sua mulher com o chapéu, o cirurgião que não resiste à compulsão de imitar as pessoas a seu lado, o homem que não enxerga um lado do corpo, o adolescente incapaz de manter uma conversa, mas capaz de retratar com detalhes cenas jamais vistas.
Estes homens e mulheres mostram que o heroísmo de verdade está em simples tarefas do dia-a-dia. Imagine o que é sair de casa, pegar uma condução, atravessar a cidade e chegar ao trabalho para ganhar a vida sem ter as mesmas condições das pessoas ditas normais. Pode ser a falta de um órgão, a perda de uma capacidade aparentemente banal. A cada dia, milhões de pessoas perfazem o périplo de Ulisses, o herói, para construírem o destino de Ulisses, o “homem comum, enfim”, evocado por Joyce em seu Harold Bloom. O que todas essas histórias parecem sinalizar é que a vida mesma tem sido relegada a segundo plano. Vive-se hoje o prazer dos outros como uma forma adiada da nossa própria realização. As pessoas parecem ter perdido o sentido do maravilhoso que se esconde na existência. Se é comum amar para toda a vida, manter um relacionamento como se nunca fosse acabar, construir um puxado para receber os amigos no fim de semana, reservar um bom tempo para ir com os filhos ao parque – se tudo isso se perdeu, parece que nos perdemos todos. Ao lado desse resgate do prazer das coisas simples, parece haver uma indicação de que os valores precisam ser recalibrados.
A colocação da política em segundo plano é uma forma de capitulação, como se não pudéssemos mais agir para reconfigurar o mundo. A crise das utopias, que um dia foram chamadas de “grandes narrativas”, talvez nos exija hoje um olhar para as pequenas narrativas como signo de humanidade. Não é preciso ser herói, rico, famoso ou poderoso. Basta ser cidadão.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

As voltas que a vida dá...


Depois de uns 7 ou 8 anos morando sozinha, chegaram as caixas...
Elas ficaram ali, na sala, nos quartos... quietinhas e cheinhas de coisas por uns 10 dias.
Depois chegaram as meninas, donas das coisas que enchiam as caixas.

Digo meninas, porque se fizermos a média de idade, é isso que dá!
Com elas, chegou uma vida nova para mim. Chegou o movimento, os barulhinhos, as risadas, as conversas, as companhias para o almoço, a carona em boa hora, o discovery kids, os "bom dia" e "boa noite", o chão sujo de biscoito, a área de lazer do prédio que tem muito espaço pra gente "divirti", as histórias para dormir.

Chegou o tempo de ser criança para brincar de boneca, jogar futebol com a bola da barbie, ser do circo, dançar ballet cantando "tananana tantananana...". Mas também, o tempo de ser amiga, irmã, companheira, não necessariamente nessa ordem; e também ser gente grande o suficiente para manter a calma e aproveitar, porque mesmo não sendo muito fácil, é bom demais ter as meninas comigo. É hora de dividir espaços, de negociar. E o melhor é que nessa divisão ninguém perde, porque dividindo só acrescentamos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O tempo...

Depois de alguns anos sem exercer atividade profissional regular,
resolvi, em 2008, estudar para concursos.
Não foi uma decisão fácil, pois para uma leonina, colocar-se a prova é
mais difícil do que vocês podem imaginar.
Mas, quando resolvi, foi de verdade!
Estudei meeesssmooooooooo!!
Formei em 1990 e já achava que nem era mais jornalista, mas sou!

Não sei ao certo quantas provas fiz, mas acredito que algo em torno 12 a 15.
E não foi uma por mês!

Em alguns períodos fazia prova três ou quatro domingos consecutivos.

A maior das maratonas se iniciou em 9/11 - duas provas (Crea e IBGE);
dia 16/11 (CIAAR); 23/11 (Codevasf); 7/12 (Serpro) e 14/12 (Câmara
Municipal de BH)... affff

Foi a maior e a melhor maratona, pois os resultados estão sendo
colhidos... ou melhor, acho que os frutos estão despencando sobre
minha cabeça.

Assumi meu cargo no IBGE em 16/03 e exatamente um mês depois, em
16/04, fui convocada para o Crea.
Estou de "malas" prontas, me despedindo dos mapas para por a mão na massa.

É engraçado constatar o poder que temos. Desde que fui aprovada no
IBGE (cargo temporário) e consegui a quarta colocação no Crea que
dizia: Vou sair do IBGE pro Crea, mas pensei que ia demorar mais.
Foi rápido, mas meu pedido foi atendido, e o tempo curto deve ter uma razão.

Não dá pra ter tudo ao mesmo tempo; mas no tempo certo, alcançamos
tudo que pedidos.

Mais uma vez: Obrigada, Senhor, obrigada!!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

um leão por dia...


... assim é a vida.

Não que matar leões não seja bom, aliás, é ótimo.
Significa que a cada dia somos colocados a prova e se "matamos" é
sinal que vencemos.
O mais legal dessa história toda é que para vencer não precisamos
derrotar ninguém.
São os nossos medos, as nossas resistências, as nossas bobagens que
tem que dar espaço a coragem, a vontade, a nós mesmos.

Ontem foi dia de Le Velo. Meu último pedal tinha sido dia 11/03..
quase um mês sem a alegria das pedaladas e das companhias.
Choveu nas últimas duas quartas melando por completo o passeio.
Mas, enfim, a lua e uma noite sem nuvens.
Circuito das praças, perfeito, subidas não muito fortes, não muito
longas, descidas espetaculares e companhias não menos agradáveis.

Mas a verdade é que na hora de sair sempre dá uma preguiça. Colocar o
suporte no carro, a bike no suporte e partir... ai ai...
E com um agravante, teria que subir as curvas rampas do estacionamento
com a magrela pendurada. Um medo de raspar na parede, de deixar a bike
pelo caminho.. Meu Deus!!

Aqui que entra o leão...rsss
Matei o bichinho, tadinho.
Pus o suporte, pendurei a bike, subi a rampa e ainda desci pedalando...

Se vale a pena?? Sempre!!!

Só o esporte salva!!
Essa é a minha verdade!!

sábado, 28 de março de 2009

O lado bom das coisas....

... assim como há muitas verdades, há muitos lados, muitos pontos de vista, muitas formas de ver as coisas...

Outro dia escrevi um post bastante entusiasmado sobre voltar a pé do trabalho.
Realmente era ótimo... era porque a vaga que eu tanto procurei me achou quando desisti dela.
Imagino que vocês devem estar se perguntando porque mudei de idéia... e eu explico:
Voltar a pé tinha aspectos bons: a economia e o exercício...
Massssssss, tinha também o lado nem tanto: deixar o carro o dia todo, todos os dias no mesmo lugar. Isso tava me dando uma certa insegurança. Vinha caminhando feliz da vida, mas quando ia chegando perto da pracinha onde deixava o carro começava a me perguntar se o carro estaria inteiro ou ainda se estaria lá. Um outro problema é a chuva.

O que me fez mudar de ideia (sem acento) foi uma ligação do dono do lava jato que eu deixava o carro apenas na quinta oferecendo uma vaga mensal por uma preço bem interessante. Incluindo ainda a lavagem semanal.
Vou trocar o stress do "carro abandonado" pelo trânsito.
A rapidez da volta a pé pelo conforto da ida de carro.

Aceitei, agora tenho uma outra pendência a resolver: o exercício...
Mas a solução se avizinha...

A vida é assim, para uns traz problemas, pra mim, graças a Deus, sempre traz soluções!!!

Essa é mais uma das minhas verdades....

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tem que ser com sofrimento...


e tem que ser muitoooooooooooooo!!!

Primeiro turno do campeonato mineiro. Domingo, na penúltima rodada vi o Galo conquistar a liderança no maior sufoco. Enfrentando o fraco Vila Nova, confesso... o meu galo jogou bem mais ou menos e quase ficou no 1 x 1.

Ontem, o Galo completou 101 anos e jogou contra o Ituiutaba a última rodado do primeiro primeiro turno. O Cruzeiro jogou com o Democrata de Governador Valadares tentando voltar para a ponta da tabela.

O jogo do Cruzeiro na TV, o do Galo no rádio...
Os vizinhos gritam... Ituiutaba 1 x 0.... Cruzeiro 1 x 0.
E a bola continua entrando na rede do Democrata... foram 7 gols.
A liderança estava perdida!!
O Ituiutaba brincando em campo enrolava a bola.

Perdi a paciência, desliguei rádio e TV, ficariamos em 2º lugar, mas tava bom... mas uma vitória no dia do aniversário seria perfeito.

Começava a cochilar quando ouvi gritos: Galoooooooooooooo Líderrrrrrrrrrr
Achei que era sonho, pulei da cama liguei a TV e o rádio...

O Galo fez o impossível, nos 5 min. de acréscimo empatou e virou!!! Foram dois gols em menos de 5 min!!

Se não fosse o Galo eu não areditava, porque a gente ganha, mas é com muita emoção e sofrimento!!!!

E que venha o título!!!!!

Galooooooooooooooooooooooooooooooooo

quarta-feira, 25 de março de 2009

Coisas que o dinheiro não compra...


... tenho certeza que quando você leu esse título pensou em amor, felicidade, saúde, paz!!
Mas neste momento, não é nada disso!!!
O que não estou conseguindo comprar ou melhor, alugar, é uma vaga em um estacionamento na região do Cruzeiro - BH. (Aposto que se fosse na região do Atlético conseguia a vaga de graça!!)
Começo a trabalhar segunda-feira, dia 16, e não sei onde vou deixar meu carro. Na rua não há vagas, pagar diária é muito caro, de ônibus é impossível...

Comecei esse post no dia 11/03 quando ainda estava procurando vaga....

Veio dia 16/03 e comecei a trabalhar, com uma solução improvisada para os dois primeiros dias, confesso que estava um tanto incomodada com a situação.

Durante a palestra de apresentação da instituição minha cabeça oscilava entre a atenção e o "problema"...
Até que uma ideia (sem acento) veio brilhando lá do fundinho. A essa altura já sabia da existência de um ônibus que passa numa avenida próxima de casa, não muito, mas próxima...
Solução, descer de carro até perto do ônibus e voltar caminhando, correndo...o que for...
Radical?? Nem tanto.
Vejam a situação: para ir, o ônibus não gasta 30 min. Ou seja, saio de casa as 7hs e chego no trabalho com folga... para voltar, o ônibus demora muitoooooooo.... é volta, é trânsito intenso... cerca de 50/60 min. E a pé gasto 30/40 min. E ainda me divirto olhando o movimento!!
Solução encontrada, mochila comprada (para levar tênis e roupa pra volta)é hora de por o pé no caminho!! É perfeito!!!

Ainda bem que o dinheiro não compra tudo e somos obrigados a buscar alternativas!!!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Mulheres de Hollanda

Esse quinteto vocal é tudo de bom e canta o melhor dele que é o must: Chico Buarque.
Como meu tempo encolheu não tá dando para escrever, mas passei pra deixar esse presente musical.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Só no pedal...

Terceira semana de Le Velo. Bateu uma preguiça danada!! Havia várias desculpas para não ir. Mas sei bem como funciono, se não fosse ontem, sei lá quando iria de novo.
Fiz o esforço e valeu a pena!!
O percurso escolhido foi demais!! Lindo e agradável!! Nem desci da bicicleta, apesar das subidas.
Aquele bando de bicicletas chegando à Praça da Estação foi lindo!!! Depois passar pela Praça da Liberdade, Praça da Savassi...
Senti novamente a alegria do primeiro dia, mas não com o gosto da novidade. A intimidade com a bike vem chegando e com ela as marchas passam mais suaves (graças as instruções dos sempre cuidadosos e amigos monitores).
Já não sinto mais medo, mas as mãos ainda doem de tanto frear.
Começo a encontrar o meu jeito de pedalar, a dosar o esforço, a ter paciência com a bendita coroinha (aquela que a gente pedala, pedala e não sai do lugar).
Até colocar o suporte para carregar a bike no carro vai ficando mais fácil.
Semana que vem tem mais, e não haverá desculpa para faltar!!
Só o esporte salva!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Boa música...

Bogotá é o novo hit de Matheus von Krüger.
Gente, esse moço é tudo de bom!!

terça-feira, 10 de março de 2009

Julgamentos e julgamentos...

Até hoje, quase uma semana depois do fato, não tinha conseguido me manifestar sobre o caso da menina de 9 anos estuprada pelo padastro que engravidou de gêmeos e foi submetida a um aborto.
Pois bem, nenhuma novidade até aqui...
Confesso que muito me indignou a atitude do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, porque não acredito no poder dele de julgar e punir.
Sim, acredito em Deus! Mas cada dia mais desacredito na Igreja.
Li, ouvi e pensei a respeito e uma das coisas que me chamou muita atenção foi o questionamento das pessoas sobre o porque do padastro também não ser excomungado. Num primeiro momento também me fiz essa pergunta.
Agora, depois de ouvir a opinião até dos BBB's, penso um pouco diferente. Para mim, a grande questão é o "julgamento". Quem pode julgar?
Aprendi, pelo menos em teoria, que não devemos, não podemos julgar. Isso cabe ao ser supremo que pode ser chamado de Deus, Allah ou qualquer outro nome.
Se você crê, vive dentro das regras. Se escorrega, pede perdão e acredita nele.
A mãe da referida menina, os médicos acreditam em Deus? Parece que sim, no entanto foram julgados e condenados por um HOMEM, o tal do arcebispo, que contou com o apoio do Papa.
E o padastro, será que crê em alguma coisa? Se crê, conviverá com seus erros e pedirá perdão por eles. Poderá ir a igreja, comungar, pois continua sendo aceito no seio da igreja. Poderá sim, se condenado pela Lei dos Homens e passar algum tempo na cadeia. Mas, e dai???
Dai que não cabe a nós, Homens, dizer quem merece o "Corpo de Cristo".
Não concordar com a excomunhão da mãe e da equipe médica e achar que o padastro deve ser excomungado é contraditório. É agir como o tal do arcebispo, é achar que é Deus e pode condenar, excluir alguém da Igreja.

É uma abordagem polêmica e difícil, perdoem-me os que discordam.
Mas essa é a minha verdade!!

segunda-feira, 9 de março de 2009

O amor não é um sentimento, é uma habilidade...

... ouvi essa frase de um adolescente, no filme "Eu, meu irmão e a nossa namorada."
Há muito penso sobre isso...
E acho que tá certo...
Quantas relações amorosas não seguem adiante, não por falta de amor, mas por falta de habilidade.
Lembro-me de um conto sufi: A habilidade que nenhum homem possui... fala de uma habilidade que ninguém tem, mas que quando você a encontra ela trabalha a seu favor.
Penso ser assim com o amor. Ninguém é capaz de possuí-lo, mas de vivê-lo, de usufruir dele.
Você não precisa sentir seu coração bater para saber que ele está lá. Mas é necessário que você cuide dele.
Ah, o amor... essa habilidade que tanto queremos e no entanto nunca teremos!!
Mas podemos deixar que essa habilidade faça algo por nós, alimentando-a com confiança, sinceridade e muita vontade.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Lei da atração...

Muito se fala sobre a "lei da atração", "o segredo" e outros do gênero.
Entendo que querem dizer que você recebe o que acredita merecer.

Mas não é sobre isso que vou falar!

O que quero contar é que de tanto escrever sobre alegria ela enfim chegou de forma torrencial, veio em forma de um telegrama de convocação para trabalhar! Fui aprovada em um concurso e enfim vou começar a trabalhar depois de um ano de muito estudo.

Depois de gritar: "Obrigada, Senhor!!!!"

Passei um email para compartilhar minha alegria: "Pessoas queridas que de perto ou de longe acompanham minha vida e torcem por mim.
Como vocês sabem, passei no concurso do XXXX e aguardava a convocação, sim AGUARDAVA!! A espera acabou, recebi hoje o telegrama para me apresentar até o próximo dia 11/03!!!
Mas, continuem torcendo, porque o apoio de vocês é fundamental em minha vida!!"


Alguns ligaram para dar os parabéns, mas outros escrevam mensagens tão gostosas que tomo a liberdade de copiar aqui.

"Etaaaaa! acabei de ligar o cel e vi sua mensagem, entrei aqui para felicitá-la ÊÊÊÊ parabéns Dri muitas vitórias estão por vir, pq vc determinou, bjos"

"PARABENS DI DI !!!!!!!!!
SEMENTES BEM PLANTADAS GERMINAM COM FORÇA E DÃO BONS FRUTOS !!!!!!!!!
ESTE É SÓ O COMEÇO DA COLHEITA!!!!!"

"ÊEEEEBA!!!!!
NOTÍCIA BOA, ÓTIMA, EXCeLENTE, DA MELHOR QUALIDADE!!!!!!"

"Uau! DRi, que beleza!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
meus parabéns, você mereceu e merece ainda muitas outras vitórias como esta!
Sucesso nessa nova caminhada!"

"Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!! Depois do dia 11/03 temos que nos encontrar para brindar esse sucesso. Bjo e boa sorte"


"Eu adorei que sou querida!!
Vamos torcer sempre!!!rsrsrsrs
bjus com cheirinho de coisas novas!!!"


"quem espera...
... ...sempre alcança, mil vezes salve a esperança. Parabéns e muito sucesso.
Boa sorte e que seja tudo o que você esperava."


"Aee Didi!!!
Ano novo, era de Aquario!!!
Bola pra frente que quente vem rente!
Ó, ficou bom isso!!
hehehe
Sucesso!"


"Vivaaaaaaaaa!!!!
Então, amiga, novos começos! que tudo corra da melhor maneira possível, e é claro que vou continuar torcendo..."


Amigos, obrigada por existirem na minha vida!!

Night Biker....

Em abril de 2008 vi um cartaz do Vida lá Fora. O nome me chamou atenção. Vida lá Fora era tudo que eu precisava naquele momento.

O Vida lá Fora é um grupo de caminhada noturna e foi o meu primeiro passo na noite, comecei em maio. É ótimo, a turma é animadíssima e realmente me salvou.

Determinada a passar em algum concurso minha vida estava muito aqui dentro. No computador, fazendo provas, lendo livros, resumos, editais...
A decisão de fazer concurso não tinha sido fácil, mas certa!

Mas quero falar de pedalar!!

O Vida lá Fora é promovido pela "Hora do Blush" que promove também o Le Velo!!

Desde que comecei a caminhar que ameaço começar também no pedal, mas não tinha uma bicicleta legal e mais uma série de outras desculpas fáceis.

O ano foi passando e nada de bike. Mas fui conhecendo algumas pessoas do Le Velo e comecei a ter cada vez mais vontade de pedalar!

Veio 2009 e comprei uma bike, capacete e outros apetrechos.

Fevereiro chegou e com ele o meu primeiro dia no Le Velo.

Eu não subia em uma bicicleta a pelo menos 15 anos, mas realmente, a gente não esquece.
No início rola uma insegurança, um medinho bom, mas logo logo você vai se soltando e curtindo a noite sobre duas rodas.

Os monitores ajudam muito, orientam sobre marchas, sobre postura, freios. Eles são perfeitos!!!

A primeira vez a gente nunca esquece e mesmo tendo empurrado a bike num trecho e parado para descansar com parte da turma enquanto os outros encaravam mais um pedaço de subida pesada, a alegria tomou conta de mim.

Ontem foi minha segunda vez, subidas longas acabaram comigo e mais um vez honrei minha condição de caminhante.

Mas pedalar é apenas um dos desafio que vencerei em 2009. Daqui algumas semanas ou meses vou subir ladeiras até de costas...

A energia do grupo é peça fundamental para vencer.

Muitos acham que Belo Horizonte não é lugar pra pedalar, a cidade tem muitas subidas...
Mas o esforço da subida não chega nem aos pés da emoção da descida...
Vale a pena subir para depois soltar a bike ladeira abaixo...
Dá um medo louco, mas é uma delícia!!!

Só o esporte salva!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

Alegria...

Tem adolescente que é um bicho danado de chato. Acham que sabe tudo da vida. E aos 14 anos eu não devia ser muito diferente. Pelo menos, quando penso em mim com 14 anos o que me vem é uma menina que se achava. Ainda bem que com o tempo "emburreci" e me permiti aprender mais com os erros, com as pessoas. Enfim, me abri!

Mas, algumas coisas nunca mudam...

Nessa faixa ai, dos 14 anos, do alto de minha sabedoria eu costumava dizer:
"Não temos o direito de ser feliz, temos o dever!!"

E hoje, um tempinho depois, continuo acreditando nessa máxima.
Esse é um paradigma que não pretendo quebrar.

Muita gente pode achar que uso óculos cor de rosa e fecho os olhos para os problemas, mas não é bem assim.

É tudo uma questão de ponto de vista, de aproveitar o que o mundo traz.
Algumas coisas não podem ser mudadas e temos que escolher entre sofrer pelo que não aconteceu do jeito que a gente queria ou seguir em frente.

A escolha certa é ser feliz desse jeito ou daquele. Dando certo ou dando errado, minha escolha é uma só!

Essa é a verdade que eu busco...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pela internet...

Agora entendo porque quem compra pela internet tem 7 dias para devolver o produto caso não fique satisfeito.

Compro pela internet há muitos anos. Principalmente livros, que realmente tem um preço bem mais baixo. Mas, já comprei até tênis.biquini... Confesso que são compras arriscadas, pois são produtos que normalmente eu experimentaria. Ainda assim, dei sorte e nunca precisei devolver nada.

Recentemente comprei uma máquina de costura que não encaixava no móvel, devolvi. A descrição no site era fraca e o produto não me atenderia. Foi uma novela, mas no fim, deu tudo certo.

Nunca pensei, no entanto, em ser surpreendida numa compra de livros, pois a descrição é uma pequena resenha e pronto. Livro é livro...

Engano meu...
Conhecem a história de Benjamin Button, esse que virou filme indicado ao Oscar?
Resolvi comprar o livro, a descrição era a seguinte:
"Esta é a peculiar saga de um homem que "nasceu" com 70 anos e misteriosamente envelhece ao contrário. Esta fantástica adaptação em quadrinhos ilustra as diversas aventuras de Benjamin Button: ele se apaixona, tem uma família e cria um negócio de sucesso. Em seus últimos anos, ele vai à guerra e depois à Universidade de Harvard. Ao envelhecer, ele fica igual a um bebê recém nascido e volta aos cuidados do berço."

Tranquilo, vi o filme e tive vontade de ler o livro.
E o livro chegou...
Quando abri, a surpresa!!! Era em quadrinhos!!!!
Nada na capa, nada na descrição...
É uma edição cuidadosa, os desenhos muito bons, mas custava avisar???

domingo, 1 de março de 2009

Uma fábula sobre a fábula


Hoje é domingo, vamos deixar as nossas verdades de lado para ouvir uma lenda oriental:

Allahur Akbar! Allahur Akbar! (Deus é grande! Deus é grande!)
Quando Deus criou a mulher criou também a fantasia. Um dia a Verdade resolveu visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid.
Envolta em lindas formas num véu claro e transparente, foi ela bater à porta do rico palácio em que vivia o glorioso senhor das terras mulçumanas. Ao ver aquela formosa mulher, quase nua, o chefe dos guardas perguntou-lhe:
- Quem és?
- Sou a Verdade! - respondeu ela, com voz firme. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, o Cheique do Islã!
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, apressou-se em levar a nova ao grão-vizir:
- Senhor, - disse, inclinando-se humilde, - uma mulher desconhecida, quase nua, quer falar ao nosso soberano, o sultão Harun Al-Raschid, Príncipe dos Crentes.
- Como se chama?
- Chama-se a Verdade!
- A Verdade! - exclamou o grão-vizir, subitamente assaltado de grande espanto. - A Verdade quer penetrar neste palácio! Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Verdade aqui entrasse? A perdição, a desgraça nossa! Dize-lhe que uma mulher nua, despudorada, não entra aqui!
Voltou o chefe dos guardas com o recado do grão-vizir e disse à Verdade:
- Não podes entrar, minha filha. A tua nudez iria ofender o nosso Califa. Com esses ares impudicos não poderás ir à presença do Príncipe dos Crentes, o nosso glorioso sultão Harun Al-Raschid. Volta, pois, pelos caminhos de Allah!
Vendo que não conseguiria realizar o seu intento, ficou muito triste a Verdade, e afastou-se lentamente do grande palácio do magnânimo sultão Harun Al-Raschid, cujas portas se lhe fecharam à diáfana formosura!
Mas...
Allahur Akbar! Allahur Akbar!
Quando Deus criou a mulher, criou também a Obstinação. E a Verdade continuou a alimentar o propósito de visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid...
Cobriu as peregrinas formas de um couro grosseiro como os que usam os pastores e foi novamente bater à porta do suntuoso palácio em que vivia o glorioso senhor das terras mulçumanas.
Ao ver aquela formosa mulher grosseiramente vestida com peles, o chefe dos guardas perguntou-lhe:
- Quem és?
- Sou a Acusação! - respondeu ela, em tom severo. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, Comendador dos Crentes!
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, correu a entender-se como o grão-vizir.
- Senhor - disse, inclinando-se humilde, - uma mulher desconhecida, o corpo envolto em grosseiras peles, deseja falar ao nosso soberano, o sultão Harun Al-Raschid.
- Como se chama?
- A Acusação!
- A Acusação? - repetiu o grão-vizir, aterrorizado. - A Acusação quer entrar nesse palácio? Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Acusação aqui entrasse! A perdição, a desgraça nossa! Dize-lhe que não, que não pode entrar! Dize-lhe que uma mulher, sob as vestes grosseiras de um zagal, não pode falar ao Califa, nosso amo e senhor!
Voltou o chefe dos guardas com a proibição do grão-vizir e disse à Verdade.
- Não podes entrar, minha filha. Com essas vestes grosseiras, próprias de um beduíno rude e pobre, não poderás falar ao nosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid. Volta, pois, em paz, pelos caminhos de Allah!
Vendo quem não conseguiria realizar o seu intento, ficou ainda mais triste a Verdade e afastou-se vagarosamente do grande palácio do poderoso Harun Al-Raschid, cuja cúpula cintilava aos últimos clarões do sol poente.
Mas...
Allahur Akbar! Allahur Akbar!
Quando Deus criou a mulher, criou também o Capricho.
E a Verdade entrou-se do vivo desejo de visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid.
Vestiu-se com riquíssimos trajos, cobriu-se com jóias e adornos, envolveu o rosto em um manto diáfano de seda e foi bater à porta do palácio em que vivia o glorioso senhor dos Árabes.
Ao ver aquela encantadora mulher, linda como a quarta lua do mês de Ramadã, o chefe dos guardas perguntou-lhe:
- Quem és?
- Sou a Fábula - respondeu ela, em tom meigo e mavioso. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o generoso sultão Harun Al-Raschid, Emir dos Árabes!
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, correu, radiante, a falar com o grão-vizir:
- Senhor, - disse, inclinando-se, humilde - uma linda e encantadora mulher, vestida como uma princesa, solicita audiência de nosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, Emir dos Crentes.
- Como se chama?
- Chama-se a Fábula!
- A Fábula! - exclamou o grão-vizir, cheio de alegria. - A Fábula quer entrar neste palácio! Allah seja louvado! Que entre! Bem-vinda seja a encantadora Fábula: Cem formosas escravas irão recebê-la com flores e perfumes! Quero que a Fábula tenha, neste palácio, o acolhimento digno de uma verdadeira rainha!
E abertas de par em par as portas do grande palácio de Bagdá, a formosa peregrina entrou.
E foi assim, sob o aspecto de Fábula, que a Verdade conseguiu aparecer ao poderoso califa de Bagdá, o sultão Harun Al-Raschid, Vigário de Allah e senhor do grande império mulçumano!

Minha vida querida. Tahan, Malba. Rio de Janeiro: Conquista, 1957, p.93-98.

Foto: Taj Mahal

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Todo mundo pode voar....

E as pessoas tem voado cada vez mais.
Isso é ÓTIMO!!!

Mas tem uma coisa que me irrita muito nos aviões: as pessoas que se fazem de surdas ou de mais espertas que as outras.

Quem nunca passou pela experiência de ouvir o comissário avisando, principalmente no momento da aterrissagem que "permaneçam sentados até o completo estacionamento dessa aeronave. Pedimos ainda, em cumprimento as determinações da Anac, que os celulares permaneçam desligados até a sala de desembarque"?
É mais ou menos isso...

E o que acontece?
O avião nem bem parou, tem espertinho em pé pegando bagagem de mão e........ ligando o celular.

Geralmente as conversas se resumem: "onde você está? O avião acabou de pousar!" "Tudo bem, amor, daqui a pouco estou em casa."

Olha, se alguém me ligar e falar "o avião acabou de pousar", eu juro que respondo: "Então desliga esse celular, não ouviu o que o comissário falou!!!!"

Esses dias, peguei um voo em SP rumo a Campo Grande. Eram 21 horas. Sentou-se ao meu lado um rapaz. Bermuda, camiseta, boné e tênis. As portas já tinham se fechado e o avião começa a decolar (o aviso de desligar os celulares já tinha sido dado). Então, o celular do rapaz tocou e ele.... atendeu!

Enquanto ele conversava a aeromoça passou e me pediu para desligar o Ipod, por razões de segurança. Mas, talvez por "razões de educação" ela não quis interromper o jovem que falava ao celular!
Fim do papo, ele simplesmente colocou o aparelho no bolso... ligado.

E lá fomos nós....

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Circos....


A Sociedade Protetora dos Animais e os ambientalistas de plantão que me perdoem, mas os circos já foram muito mais legais.

Nos circos da minha infância, leões, elefantes, macacos, cães, cavalos desfilavam pelo picadeiro arrancando palmas do público.

Eu até acredito que em alguns circos os animais eram maltratados e isso de fato não é legal, mas a proibição é um tanto radical.

As crianças de hoje não poderão ver o domador colocando a cabeça na boca do leão, os elefantes no seu leve bailado, os macacos de monociclo... ah.. isso também não é legal!!

Claro que ir ao circo aos 40 é muito diferente de ir aos 2, 3 ou 7 anos, mas a diferença é mais do circo que da pessoa em questão!
Por mais que pareça estranho ainda consigo ter a visão de uma criança e lembrar (como adulto) como era legal ver todos aqueles bichos no circo.

Fui muitas vezes ao circo na minha infância e me lembro especialmente de um circo de lona rasgada que possuia um único animal: uma jiboia.
Imaginem isso nos dias de hoje: um legítimo animal da fauna silvestre brasileira... affff...

Que fiquei claro: NÃO SOU A FAVOR DE MALTRATAR ANIMAIS, SOU A FAVOR DA ALEGRIA!

Outra verdade: http://www.wspabrasil.org/wspaswork/udaw/circo-legal.aspx