sexta-feira, 27 de julho de 2012

A verdade de número 44

A verdade de número 44 foi me dada de presente por minha mãe. Logo cedo ela disse:
- 44 é um número de sorte! Que assim seja!!

Mas para ter uma verdade minha, mais que absoluta:
- A bateria do iPhone não sobrevive a um dia de aniversário. Nem meio-dia e ela já está pedindo socorro!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conversa de Natal

Ela tinha 5 anos, ele 6.

Ela conhecia Papai Noel desde bem pequena.
Conhecia os de shopping, os de rua, os de livros.
Mas também conhecia um de verdade.
Seu tio avô, frequentador da casa da bisa, era ninguém menos que o seu Papai Noel particular.

Ele também, como todos os meninos da sua idade, conhecia bem o tal Noel.
Generoso, o velhinho sempre lhe trazia muitos presentes.
Mas um dia, como também acontece com os meninos da sua idade, desconfiou da legitimidade do tal Noel.
Indignado ao descobrir-se logrado, o menino decepcionado, passou a imaginar o natal sem Noel.

Fato é, que num lugar que ainda não existe, os dois se encontraram.
Menino e menina num universo imaginário.
Ela, do alto dos seus 5 anos, afirmava que Noel até em sua cama já dormira.
Ele, com a confiança de quem 6 anos completara, tentava convencer a pequena de que ela também havia sido enganada.
Mas qual o que, a menina é teimosa.
Como poderia não existir aquele que a qualquer tempo, não só no Natal, com ela a mesa dividia.
O menino, por seu lado, preferia acreditar.
Embora os colegas de escola, aparentemente mais experientes, afirmassem ser uma boa lorota.
A menina argumentava, o menino rebatia.
Ela insistia e ele refletia.

Por fim, sabiamente decidiram.
A menina convidou.
E o menino aceitou.
Foram juntos, pelo skype, conversar com o bom Noel.
Chamada feita, Noel atende. De roupa comum, mas de barba branca, óculos e sorriso no rosto.
A menina sorriu num silencioso: eu te disse! Ele é de verdade!!
O menino suspirou: que bom que ela estava certa!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

o bicho de pé e a presbiopia...

não, ainda não estou usando... mas é uma questão de tempo.
tempo de marcar um oftalmologista...
sempre achei que minha minguada miopia me salvaria da presbiopia.
de longe, há tempos sou um desastre... ler placas... nem nos meus mais doces sonhos, mas em compensação, tirar uma ferpa, um bicho de pé era muito muito fácil...
aliás, foi por causa de um bicho de pé que me convenci que preciso apressar minha ida ao oftalmologista.
a história começou hoje cedo, bem cedo, antes de eu sair para o boxe.
as meninas me gritaram, bem na hora que eu escovava os dentes...
didi, didi!! vem cá!!!
olha isso... é um bicho de pé??
e era!
a pequena, que brincara na areia trouxera consigo um exemplar de um inseto sifonáptero (Tunga penetrans) da família dos tungídeos...
marcamos a intervenção para a noite.
depois do banho, peguei um alfinete de cabeça cor-de-rosa e comecei a conversa...
foi um escândalo...
ela chorou, gritou, recolheu o pé e disse que não ia deixar tirar...
conversamos, negociamos, brincamos com o iPad e nada...
fomos jantar... e ai eu tive uma ideia: comprar o bicho de pé.
a mãe ofereceu um dinheiro e eu disse que dobrava.
ela relutou, mas viu que não escaparia.
sendo assim, viu que melhor vender do que ter que tirar sem ganhar nadica de nada.
deitamos no puff...
ela com o iPad, eu com o alfinete e um paninho com álcool...
ai o bicho pegou... e não foi o de pé....
cutuquei o pé com o alfinete, mas enxergando muito pouco...
o bicho pequeno, a presbiopia grande... ai ai... quantos graus serão???
sorte que o danado era minúsculo e era tão novinho que não deu trabalho.
como não doeu nadica de nada, conforme o prometido ela não gritou, não chorou e acho que até gostou.
lembrei de minha avó, muito muito míope que tirou meu primeiro bicho de pé que foi bicho de mão.
ela tirava os óculos para enxergar e eu vi que pra continuar a tirar bichos de pé vou precisar de colocar óculos...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Muitos começos para um post sem pé nem cabeça

O melhor seria se melancholia tivesse se chocado a árvore da vida impedindo sua estreia.

As longas cenas apenas com música do belíssimo Melancholia de Lars são tão indispensáveis e inevitáveis como a própria vida. Já no desastroso A árvore da vida, o diretor poderia ter nos poupado do extremo mau gosto das cenas ruins e longas apenas com música.

Se no trailler de A árvore da vida tivesse aparecido um dinossauro, eu pensaria 2 vezes antes de ir assisti-lo.

O trailler de A Árvore da Vida reúne as únicas cenas boas do filme.

Sim, eu sei que os trailler são melhores que os filmes, mas o de A árvore da vida é mais que propaganda enganosa.

A árvore da vida parece um power point daqueles que recebemos todos os dias e que na segunda cena queremos jogar o computador pela janela.

Nunca vi nada tão ruim como A árvore da vida.

Preciso ver Melancholia novamente para cobrir toda e qualquer lembrança de A árvore da vida.

Preciso guardar o nome do diretor de A árvore da vida para não correr riscos.

Não esperava uma obra prima, mas esperava um bom filme. Se você, depois de ler esse post, for assistir mesmo esperando o pior vai ter uma decepção.

Se existe um filme horrível, ele é A árvore da vida.

Nem Brad, nem Sean salvam a película.

Por enquanto é isso....

Fica o alerta!

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terça-feira, 26 de julho de 2011

A verdade de número 43

Há dias tenho pensado qual seria a minha próxima verdade, pois, aos 42 anos, escrevi e reescrevi 42!
Às vésperas de completar 43, reparo que falta uma das minhas verdades mais verdadeiras na lista.
Então, lá vai:

43 - As cartas não mentem jamais!

E tenho dito!!!

As outras 42 revistas

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ano II - Muito mais que fotografia

exageros, fotos estouradas, desfocadas,
tratamentos que transformam a realidade em fantasia.
não há nenhuma intenção em disfarçar defeitos.
tudo começa com uma enorme dificuldade com a Lente 50mm.
gosto de detalhes e não tenho zoom,
prometi não cortar as fotos falseando o zoom.
tive que apelar.
o resultado não precisa ser sempre belo
nem o melhor.
mas quero o diferente.
a foto de hoje, parece desenho,
parece mentira.
tudo por conta do tal do lightroom
que se apresenta como uma gostosa brincadeira.
perdi o medo de ousar,
parei de usar os pré-definidos,
deslizo o mouse pelos controles livre e exageradamente.
se vai ser assim até o fim,
não sei dizer.
mas enquanto eu quiser,
vou mais que fotografar...

Confira o Ano II

terça-feira, 5 de julho de 2011

É melhor começar do zero, ou melhor, do louco.

Trabalho que apresentei em 8/12/2010 ao final do Curso Completo de Tarô, ministrado pela taróloga Luciene Ferreira.
Este texto foi publicado também no Clube do Tarô administrado por Constantino K. Riemma

"Na carta, um homem anda com um bastão na mão direita. Está de costas, mas seu rosto está visível. Leva uma vara na mão e uma pequena trouxa. Veste-se como os bobos da corte, um animal parece lhe arranhar a perna ou morder a barra de sua calça. Dizem que o avisa do precípicio, prefiro crer que é apena um animal brincalhão.
O mais sábio dos idiotas, o Louco é meu velho companheiro, poderia até mesmo dizer, que é o meu exercício diário, já que é meu arcano de vida.
Mesmo acompanhada da Temperança (meu arcano pessoal) que me dá equilíbrio e ponderação, é O Louco que torna minha vida mais divertida. É por ele que me levanto, é ele quem me faz escolher ser alegre.
Como não acontece por acaso, lembrei ainda ontem pela manhã de uma história: O Cavalo Mágico, que fala de um jovem que acredita e persegue o desejo de seu coração. E vejo O Louco assim. Alguém que acredita e que busca, a sua maneira, seus sonhos e desejos.
Muitas vezes criticado por sua falta de foco e uma certa displicência, o Louco tem na verdade um saber tão diferente que é confundido com distração.
Tudo bem, posso só estar vendo as qualidades do nosso amigo, sei que tenho um gosto estranho para arcanos, sendo encantada por todos que trazem mudanças, até mesmo com dor, como a torre.
Mas o fato é que, até hoje, O Louco, só me trouxe boas coisas. Ele já andou pelo meu social e agora está estacionado na casa 1 do meu mandala, dizendo que estou, sim mais Louca do que nunca. O que pra mim é uma ótima notícia.
Teorizando um pouco, o Louco anuncia Novos começos, novas aventuras, novas oportunidades, oportunidades ilimitadas, prazer, paixão, facilidades, mas seu lado negro anuncia más decisões, indecisões, apatia, hesitação, escolhas erradas. Por isso, recomendo, escolha sempre o lado bom!!
O Louco é espontâneo, tem fé. Ele recomenda que se viva o momento, tenha confiança e não se importe com os aborrecimentos, aceite suas escolhas, e seja feliz!!
O Louco tem sua própria verdade, e eu lhes digo, é uma verdade verdadeira. Por isso mantenha a fé e acredite em si mesmo, siga seu coração, mesmo que pareça tolo.
Sempre imprevisível, O Louco traz em si o elemento surpresa. Dele se espera tudo e não se espera nada. Seu potencial é ilimitado.
Achei isso num site e gostei: Há uma sensação de que esta carta sirva em qualquer situação – nada é certo ou regular. O Louco acrescenta o novo e o não familiar à situação.
O Louco convida a sonhar, sentir um Zero, um nada, é sentir um Tudo, um enorme espaço vazio a ser desenhado com o que você quiser. O Louco te dá o espaço para que você preencha com seus sonhos. E pouco se precisa para realizar. Na bolsa, jogada nas costas, suas experiências mais valiosas. Poucas, mas suficientes para enfrentar um exército de dragões. O pouco é tudo, a arte está em fazer-se acreditar.
Com o rosto voltado para frente em direção ao futuro, o louco caminha decidido, não enfrenta oposição nem tem companhia pois como é representado de costas, revela-se um personagem que rompeu com todas as suas relações anteriores. Ele quebrou padrões.
É interessante ressaltar que só abandona alguma coisa ou quebra padrões que já teve alguma coisa ou algum padrão. Talvez seja uma viagem louca, mas o 0 e o 22 fazem sentido aqui. Zero que nada mais tem, mas já teve o máximo que se pode ter (22). É a criança e o velho, o que ficou e o que está por vir.
Mas de tudo fica uma coisa, o Louco é alguém do bem. Ele é absolutamente livre, e por mais que alguns neguem, é realizador, pois nada teme. Todos temos um pouco dele, mas muitas vezes o medo de viver aprisiona e o louco fica a míngua".

Achei também, navegando loucamente a esmo, um texto entre aspas, mas sem indicação de autor, que, parece-me traduzir bem esse intraduzível ser:
"Eu sou Nada, posso vestir qualquer forma,
a forma de um rei ou de um vagabundo,
a forma da juventude ou da velhice,
a forma da estupidez ou da sabedoria.
Minha mochila está vazia.
Minha mochila contém o Céu e as estrelas,
o Sol e a Lua,
o mar, as florestas, as cidades com seus moradores
e o vento que vem do mar,
o vento onde voam os pássaros
e o vento de Luz, que vem das galáxias.
Não sei nada, o Universo é grande demais.
Eu compreendo sendo.
Para compreender o rei eu sou o rei,
para compreender a vida sou a vida,
para compreender o amor, amo.
Para compreender o relâmpago, eu caio do Céu,
para compreender o fogo, danço a dança das chamas,
para compreender você, sou você.
Para compreender o Divino, entro em comunhão.
Podem latir os cachorros e morder.
Podem morder as minhas roupas.
Não podem morder o Nada que eu sou."