sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conversa de Natal

Ela tinha 5 anos, ele 6.

Ela conhecia Papai Noel desde bem pequena.
Conhecia os de shopping, os de rua, os de livros.
Mas também conhecia um de verdade.
Seu tio avô, frequentador da casa da bisa, era ninguém menos que o seu Papai Noel particular.

Ele também, como todos os meninos da sua idade, conhecia bem o tal Noel.
Generoso, o velhinho sempre lhe trazia muitos presentes.
Mas um dia, como também acontece com os meninos da sua idade, desconfiou da legitimidade do tal Noel.
Indignado ao descobrir-se logrado, o menino decepcionado, passou a imaginar o natal sem Noel.

Fato é, que num lugar que ainda não existe, os dois se encontraram.
Menino e menina num universo imaginário.
Ela, do alto dos seus 5 anos, afirmava que Noel até em sua cama já dormira.
Ele, com a confiança de quem 6 anos completara, tentava convencer a pequena de que ela também havia sido enganada.
Mas qual o que, a menina é teimosa.
Como poderia não existir aquele que a qualquer tempo, não só no Natal, com ela a mesa dividia.
O menino, por seu lado, preferia acreditar.
Embora os colegas de escola, aparentemente mais experientes, afirmassem ser uma boa lorota.
A menina argumentava, o menino rebatia.
Ela insistia e ele refletia.

Por fim, sabiamente decidiram.
A menina convidou.
E o menino aceitou.
Foram juntos, pelo skype, conversar com o bom Noel.
Chamada feita, Noel atende. De roupa comum, mas de barba branca, óculos e sorriso no rosto.
A menina sorriu num silencioso: eu te disse! Ele é de verdade!!
O menino suspirou: que bom que ela estava certa!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

o bicho de pé e a presbiopia...

não, ainda não estou usando... mas é uma questão de tempo.
tempo de marcar um oftalmologista...
sempre achei que minha minguada miopia me salvaria da presbiopia.
de longe, há tempos sou um desastre... ler placas... nem nos meus mais doces sonhos, mas em compensação, tirar uma ferpa, um bicho de pé era muito muito fácil...
aliás, foi por causa de um bicho de pé que me convenci que preciso apressar minha ida ao oftalmologista.
a história começou hoje cedo, bem cedo, antes de eu sair para o boxe.
as meninas me gritaram, bem na hora que eu escovava os dentes...
didi, didi!! vem cá!!!
olha isso... é um bicho de pé??
e era!
a pequena, que brincara na areia trouxera consigo um exemplar de um inseto sifonáptero (Tunga penetrans) da família dos tungídeos...
marcamos a intervenção para a noite.
depois do banho, peguei um alfinete de cabeça cor-de-rosa e comecei a conversa...
foi um escândalo...
ela chorou, gritou, recolheu o pé e disse que não ia deixar tirar...
conversamos, negociamos, brincamos com o iPad e nada...
fomos jantar... e ai eu tive uma ideia: comprar o bicho de pé.
a mãe ofereceu um dinheiro e eu disse que dobrava.
ela relutou, mas viu que não escaparia.
sendo assim, viu que melhor vender do que ter que tirar sem ganhar nadica de nada.
deitamos no puff...
ela com o iPad, eu com o alfinete e um paninho com álcool...
ai o bicho pegou... e não foi o de pé....
cutuquei o pé com o alfinete, mas enxergando muito pouco...
o bicho pequeno, a presbiopia grande... ai ai... quantos graus serão???
sorte que o danado era minúsculo e era tão novinho que não deu trabalho.
como não doeu nadica de nada, conforme o prometido ela não gritou, não chorou e acho que até gostou.
lembrei de minha avó, muito muito míope que tirou meu primeiro bicho de pé que foi bicho de mão.
ela tirava os óculos para enxergar e eu vi que pra continuar a tirar bichos de pé vou precisar de colocar óculos...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Muitos começos para um post sem pé nem cabeça

O melhor seria se melancholia tivesse se chocado a árvore da vida impedindo sua estreia.

As longas cenas apenas com música do belíssimo Melancholia de Lars são tão indispensáveis e inevitáveis como a própria vida. Já no desastroso A árvore da vida, o diretor poderia ter nos poupado do extremo mau gosto das cenas ruins e longas apenas com música.

Se no trailler de A árvore da vida tivesse aparecido um dinossauro, eu pensaria 2 vezes antes de ir assisti-lo.

O trailler de A Árvore da Vida reúne as únicas cenas boas do filme.

Sim, eu sei que os trailler são melhores que os filmes, mas o de A árvore da vida é mais que propaganda enganosa.

A árvore da vida parece um power point daqueles que recebemos todos os dias e que na segunda cena queremos jogar o computador pela janela.

Nunca vi nada tão ruim como A árvore da vida.

Preciso ver Melancholia novamente para cobrir toda e qualquer lembrança de A árvore da vida.

Preciso guardar o nome do diretor de A árvore da vida para não correr riscos.

Não esperava uma obra prima, mas esperava um bom filme. Se você, depois de ler esse post, for assistir mesmo esperando o pior vai ter uma decepção.

Se existe um filme horrível, ele é A árvore da vida.

Nem Brad, nem Sean salvam a película.

Por enquanto é isso....

Fica o alerta!

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terça-feira, 26 de julho de 2011

A verdade de número 43

Há dias tenho pensado qual seria a minha próxima verdade, pois, aos 42 anos, escrevi e reescrevi 42!
Às vésperas de completar 43, reparo que falta uma das minhas verdades mais verdadeiras na lista.
Então, lá vai:

43 - As cartas não mentem jamais!

E tenho dito!!!

As outras 42 revistas

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ano II - Muito mais que fotografia

exageros, fotos estouradas, desfocadas,
tratamentos que transformam a realidade em fantasia.
não há nenhuma intenção em disfarçar defeitos.
tudo começa com uma enorme dificuldade com a Lente 50mm.
gosto de detalhes e não tenho zoom,
prometi não cortar as fotos falseando o zoom.
tive que apelar.
o resultado não precisa ser sempre belo
nem o melhor.
mas quero o diferente.
a foto de hoje, parece desenho,
parece mentira.
tudo por conta do tal do lightroom
que se apresenta como uma gostosa brincadeira.
perdi o medo de ousar,
parei de usar os pré-definidos,
deslizo o mouse pelos controles livre e exageradamente.
se vai ser assim até o fim,
não sei dizer.
mas enquanto eu quiser,
vou mais que fotografar...

Confira o Ano II

terça-feira, 5 de julho de 2011

É melhor começar do zero, ou melhor, do louco.

Trabalho que apresentei em 8/12/2010 ao final do Curso Completo de Tarô, ministrado pela taróloga Luciene Ferreira.
Este texto foi publicado também no Clube do Tarô administrado por Constantino K. Riemma

"Na carta, um homem anda com um bastão na mão direita. Está de costas, mas seu rosto está visível. Leva uma vara na mão e uma pequena trouxa. Veste-se como os bobos da corte, um animal parece lhe arranhar a perna ou morder a barra de sua calça. Dizem que o avisa do precípicio, prefiro crer que é apena um animal brincalhão.
O mais sábio dos idiotas, o Louco é meu velho companheiro, poderia até mesmo dizer, que é o meu exercício diário, já que é meu arcano de vida.
Mesmo acompanhada da Temperança (meu arcano pessoal) que me dá equilíbrio e ponderação, é O Louco que torna minha vida mais divertida. É por ele que me levanto, é ele quem me faz escolher ser alegre.
Como não acontece por acaso, lembrei ainda ontem pela manhã de uma história: O Cavalo Mágico, que fala de um jovem que acredita e persegue o desejo de seu coração. E vejo O Louco assim. Alguém que acredita e que busca, a sua maneira, seus sonhos e desejos.
Muitas vezes criticado por sua falta de foco e uma certa displicência, o Louco tem na verdade um saber tão diferente que é confundido com distração.
Tudo bem, posso só estar vendo as qualidades do nosso amigo, sei que tenho um gosto estranho para arcanos, sendo encantada por todos que trazem mudanças, até mesmo com dor, como a torre.
Mas o fato é que, até hoje, O Louco, só me trouxe boas coisas. Ele já andou pelo meu social e agora está estacionado na casa 1 do meu mandala, dizendo que estou, sim mais Louca do que nunca. O que pra mim é uma ótima notícia.
Teorizando um pouco, o Louco anuncia Novos começos, novas aventuras, novas oportunidades, oportunidades ilimitadas, prazer, paixão, facilidades, mas seu lado negro anuncia más decisões, indecisões, apatia, hesitação, escolhas erradas. Por isso, recomendo, escolha sempre o lado bom!!
O Louco é espontâneo, tem fé. Ele recomenda que se viva o momento, tenha confiança e não se importe com os aborrecimentos, aceite suas escolhas, e seja feliz!!
O Louco tem sua própria verdade, e eu lhes digo, é uma verdade verdadeira. Por isso mantenha a fé e acredite em si mesmo, siga seu coração, mesmo que pareça tolo.
Sempre imprevisível, O Louco traz em si o elemento surpresa. Dele se espera tudo e não se espera nada. Seu potencial é ilimitado.
Achei isso num site e gostei: Há uma sensação de que esta carta sirva em qualquer situação – nada é certo ou regular. O Louco acrescenta o novo e o não familiar à situação.
O Louco convida a sonhar, sentir um Zero, um nada, é sentir um Tudo, um enorme espaço vazio a ser desenhado com o que você quiser. O Louco te dá o espaço para que você preencha com seus sonhos. E pouco se precisa para realizar. Na bolsa, jogada nas costas, suas experiências mais valiosas. Poucas, mas suficientes para enfrentar um exército de dragões. O pouco é tudo, a arte está em fazer-se acreditar.
Com o rosto voltado para frente em direção ao futuro, o louco caminha decidido, não enfrenta oposição nem tem companhia pois como é representado de costas, revela-se um personagem que rompeu com todas as suas relações anteriores. Ele quebrou padrões.
É interessante ressaltar que só abandona alguma coisa ou quebra padrões que já teve alguma coisa ou algum padrão. Talvez seja uma viagem louca, mas o 0 e o 22 fazem sentido aqui. Zero que nada mais tem, mas já teve o máximo que se pode ter (22). É a criança e o velho, o que ficou e o que está por vir.
Mas de tudo fica uma coisa, o Louco é alguém do bem. Ele é absolutamente livre, e por mais que alguns neguem, é realizador, pois nada teme. Todos temos um pouco dele, mas muitas vezes o medo de viver aprisiona e o louco fica a míngua".

Achei também, navegando loucamente a esmo, um texto entre aspas, mas sem indicação de autor, que, parece-me traduzir bem esse intraduzível ser:
"Eu sou Nada, posso vestir qualquer forma,
a forma de um rei ou de um vagabundo,
a forma da juventude ou da velhice,
a forma da estupidez ou da sabedoria.
Minha mochila está vazia.
Minha mochila contém o Céu e as estrelas,
o Sol e a Lua,
o mar, as florestas, as cidades com seus moradores
e o vento que vem do mar,
o vento onde voam os pássaros
e o vento de Luz, que vem das galáxias.
Não sei nada, o Universo é grande demais.
Eu compreendo sendo.
Para compreender o rei eu sou o rei,
para compreender a vida sou a vida,
para compreender o amor, amo.
Para compreender o relâmpago, eu caio do Céu,
para compreender o fogo, danço a dança das chamas,
para compreender você, sou você.
Para compreender o Divino, entro em comunhão.
Podem latir os cachorros e morder.
Podem morder as minhas roupas.
Não podem morder o Nada que eu sou."

sábado, 2 de julho de 2011

A temperança que virou torre...

Trabalho que apresentei em 2/07/2011 ao final do Curso de Técnicas Avançadas de Tarô, ministrado pela taróloga Luciene Ferreira.

Batizada Temperança, nascida em dia de Louco, tem como missão aprender com o isolamento do Eremita. Suporta a ansiedade da Temperança porque consigo tem O Louco. É ele que lhe alegra os dias e que, deliciosamente, está de novo na Casa central do seu mandala.
Certo dia ocorreu-lhe, porém calcular quem por trás estava dos dois nomes que assinava. Eram duas escolhas, uma pessoal, outra profissional. E eis quem se revela, por trás das duas escolhas, ergue-se o mesmo arcano, aquele que construindo, desconstrói e desconstruindo, um novo mundo constrói.
Pode até demorar, pois é preciso se encher de esperança para se recuperar, fazer um novo mergulho em seu íntimo, voltar a brilhar, perdoar, para só então encontrar o novo mundo e fechar o ciclo.
Mas não é sobre o caminho que vou falar.
É como A Torre que me apresento. Mas não vim pra causar dor.
O que pretendo é mostrar que desconstruir-se pode não ser tão ruim.
Quem não consegue por tudo abaixo, jamais experimentará um novo começo.
A Torre ou Casa de Deus, como também é conhecida, é o arcano que liberta.
Vem para quebrar paradigmas e permitir o novo começo.
É certo que alguma dor ela traz, até porque ela não vem por escolha, mas por mãos de outros. E nem sempre parece ser o momento certo, nem sempre parece ser a maneira correta, mas ela é implacável e vem porque tem que vir e põe abaixo tudo aquilo que é velho, inútil e descartável.
Vez por outra, aquele que desaba pergunta o porquê.
Eu gostava tanto disso ou daquilo... Queria tanto manter pra sempre...
Meus amigos, fiquem atentos, sempre é tempo demais.
Entregar e confiar é o melhor a fazer.
Não segure nada em vão, o porvir é sempre melhor.
A Torre vem para cortar os excessos do ego.
Você teve as chances de podar os excessos com A Morte, ponderou e manteve algumas coisinhas, ficou tão cheio de si que não poderia seguir em frente. E é ai que ela surge e zazzz...
Põe tudo abaixo!!
Agradeça a chance oferecida!
A Torre nos dá a oportunidade de uma viagem interior de pura libertação. É a nossa chance de corrigir os erros e apagá-los.
Todos construímos castelos ao longo da vida, mas vez por outra, uma pedra mal colocada, uma janela no lugar errado, uma porta emperrada vão deturpando nosso projeto original e o castelo, tão belo, se transforma numa morada tosca.
E então você, com medo de que tudo caia na tentativa de colocar no lugar aquela pedrinha, começa a por, aqui e acolá, escoras, arranjos, remendos.
Surge uma goteira e rapidamente um balde é colocado pra aparar a água.
O piso estufa e o sofá mais pesado é arrastado para disfarçar o estrago.
E assim, vamos ficando prisioneiros de nossos próprios medos, prisioneiros dos males do tempo.
É esse o momento da Torre, é agora que ela vem e faz o que precisa ser feito.
Como disse lá no início, meu arcano pessoal é a Temperança. E não quero, de forma alguma, descartá-la ou desprezá-la. Ela me dá um equilíbrio útil.
Mas, vez por outra, a necessidade de apressar as coisas faz com que eu lance mão de outros poderes.
O Louco, arcano de vida, naturalmente me ajuda a enfrentar o tédio da Temperança, mas tem horas, que só mesmo Torre....
Até meu Mapa Astral me pede isso: Quebre padrões, disse a astróloga. Então pensei: Torre!!
Seja aquela que abre os caminhos. Aqui, penso eu, preciso ser mesmo louca. Por os pés na estrada e iniciar minha jornada.
E antes de começar, por favor, não posso pensar muito. Que venha a Torre!
Como arcano de poder ela me conduz para a busca da verdade, um pouco Eremita que tenho como missão.
Me cobro muito e posso até ter prejuízos, mas a realidade me guia.
Preciso ter cuidado, pois o imprevisível, de forma quase previsível, ronda meu caminho.
Há muito me reconheço como a pessoa radical mais flexível que conheço.
Nessa mistura de arcanos, tenho muita convicção, mas nada que de tão rígido não possa ser mudado enquanto os olhos piscam.
Fiel aos meus princípios, faço bom uso de minha capacidade criativa e construtiva.
Armaduras abaixo! Preciso estar leve para enfrentar o mundo. Sem muito método, sem muito medo, por onde passo deixo minha marca. Apressada, preciso da Temperança para me freiar. Pobre dela, já penava para segurar o Louco, e agora, cismo de ser Torre... O Eremita, coitado, vai ter que ajudar.
Geralmente as mudanças da Torre tem origem no ambiente externo, provocando uma alteração drástica na rotina. Mudanças duras, difíceis, mas necessárias. Esse é o grande aprendizado da Torre via caminho da dor para a evolução verdadeira. As mudanças que vem de fora causam impacto no fundo de nossa alma. A Torre traz em si os princípios de restauração e renovação. Forte e frágil, a edificação rui, e com ela nossas crenças mais arragaidas.
Encontrei no site http://www.dassigny.com.br o texto abaixo que é um convite para promovermos a nossa Torre, e peço que vocês me acompanhem nessa viagem.
"Inspirando Luz, expirando Luz,
inspirando Luz pelo seu corpo inteiro,
expirando uma profunda sensação de bem estar,
deixando seus músculos se relaxar,
se abandonar,
você entra no Templo da sua consciência.
Para descobrir o segredo da Torre,
Começa de se imaginar numa Torre de pedra,
uma Torre de meditação.
A Casa-Deus.
Você está em uma Torre de solidão.
Meditando... ao redor de você olhando
as paredes de pedra.
Escutando o silêncio ao redor de você.
Percebendo:
Meu destino é uma Torre de pedra,
meu carma me aprisiona.
De repente, um raio, um relâmpago
ilumina o interior da torre,
um relâmpago que vem do mais alto,
de mais alto do que o alto da Torre.
Na luz do relâmpago percebe:
Eu sou o relâmpago.
Minha Torre é um relâmpago de Luz.
Você já vestiu a forma do relâmpago.
E você se lembra,
se lembra que você é uma consciência,
uma consciência sem forma,
infinita, livre, livre,
capaz de vestir qualquer forma.
Lembra-se que você não é suas roupas,
não é seu corpo, nem suas emoções,
lembra-se que é consciência pura,
é o Eu Superior que você é.
Inspirando a Luz, expirando a Luz,
você sobe para o Céu,
para o Infinito.
Desce.
Desce como a chuva, sem forma.
Desce em chuva.
Você é uma chuva de benções,
que desce para a Terra.
Ao chegar na Terra, você veste seu corpo humano.
Entra livremente na Torre do destino.
Entra na Torre, como entra um arquiteto.
Entra com o Poder de dar à Torre do seu destino
a forma que você quer.
E você arquiteta a Torre na forma de um castelo,
lindo, na beira de um rio,
onde se refletem árvores
e a beleza da construção alta que você edificou.
De novo você chama o relâmpago.
Do Nada, você chama o relâmpago.
Ao longo dessa corda de Luz,
sobe para o Infinito,
como o relâmpago que você é, num flash,
sobe para o Infinito.
Do Nada, do Infinito,
do Nada, cai em chuva.
Ao chegar na Terra, veste seu corpo humano,
seu corpo iluminado.
Entra na Torre.
Fala com a Torre.
Falando com a Torre do seu destino.
Diz à Torre: "Eu sou você".
Ao relâmpago que vem do Nada, fala,
dizendo: "Relâmpago eu sou você."
Sim, você é um relâmpago que vem do Nada, do Infinito,
para o espaço e o tempo.
Você é um relâmpago que se cristaliza
em Torre, em Casa-Deus,
você esta realizando a Grande Obra,
a Casa do Sol, a Casa da Consciência,
compartilhando da criação permanente do Universo.
Sim, você é um relâmpago que cria o Universo.
E você anda no Paraíso terrestre.
Do alto da Torre se espalha um vôo de pombos".


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

sobre fotos e tempo

Hoje é o quarto dia do Ano II do Projeto 365 - Tire uma foto por dia.
Foi minha necessidade de pontuar o tempo que fez com que eu recomeçasse.
Olho as fotos, penso se deveria escrever sobre elas.
Decido que não, não por enquanto.
Vou manter as coisas separadas.
Aqui texto, lá imagens.
Estou escrevendo sobre os efeitos, embora as arestas arrendondadas sejam parte da regra.
Quando uso algum efeito pré-definido, conto qual.
Quando apenas trato a imagem, mesmo que pesando a mão propositalmente, não conto.
Deixo para cada um que por lá passar, a escolha de acreditar ou não no azul do céu.
Penso que talvez eu coloque a hora em que a foto foi tirada.
Por enquanto, isso é apenas uma ideia.
Alegra me pensar que a qualquer tempo posso chegar na janela do meu quarto e encontrar minha foto do dia.
Peço que me perdoem, é uma foto recorrente, mas que eu adoro.
Tenho a meu dispor um belo horizonte e não vou desprezá-lo.
Dele lançarei mão quando a inspiração falhar, pois por si só ele é pura inspiração.
Olho as palavras na tela,
sorrio.
Gosto disso, de letras, de palavras.
Mas, também de imagens...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Projeto 365 Ano II

Antes de postar a primeira foto, sim, retomo hoje o 365, vamos às regras do jogo.
Como disse ao fim do ano I, gostaria de fazer algo mais específico.
Não sei como será o resultado, mas tenho duas intenções distintas:
A primeira delas é exercitar o uso da lente fixa de 50mm.
Como ela não me permite dar zoom, não vou usar desse artifício no computador, na edição.
É fixa e pronto. O objeto será mostrado, tal qual capturado, a distância será, por definição, a da lente.
A segunda intenção é treinar o uso do programa de edição Lightroom, que já tenho há cerca de um ano e sei muito pouco.

Então, fica combinado:
Haverá um corte, apenas um, para que a foto fique quadrada (ando curtindo o formato polaroid).
Aplicação de arestas arredondadas, para completar o ar retrô.
Na cor, posso ou não mexer, afinal, quem manda aqui sou eu!

Em breve, a primeira foto do Dri 365 Ano II.

domingo, 19 de junho de 2011

Meia noite em Paris / Quase 19h em Belo Horizonte

Todo dia é dia de cinema, mas domingo é especial.
Escolhi Woody Allen para dirigir meu dia!
A cidade: Paris.
Gosto do filme mesmo antes dele de fato começar.
A música, as letrinhas, vozes e por fim as imagens.
É uma Paris da qual pouco me lembro (preciso voltar lá).
Também os rostos, não são os que costumo ver nos filmes de W.A.
A música sim, é agradavelmente familiar.
O tema também... Relacionamentos, amores...
Mas, surge um elemento novo, pelo menos em W.A., a magia, fantasia...
Em A rosa púrpura do Cairo há alguma coisa assim, mágica, fantástica.
No entanto, em Paris é diferente.
A tela é inundada por um passado tão presente que não me permiti, sequer, piscar.
Tive vontade de olhar o relógio, mas não por vontade de que terminasse ou porque o ritmo da narrativa era enfadonho, pelo contrário, queria que o tempo voltasse, parasse.. Queria que acontecesse qualquer coisa para que eu pudesse me manter ali, na Paris de hoje, de ontem, anteontem, de trasantontem...
Não, não vou contar nadica de nada sobre o filme.
Prefiro que vocês assistam.
Só queria dividir o que senti...
As luzes se acenderam, deixaram no meu rosto um sorriso e um pequeno impulso consumista (rss).
Sai do cinema, comprei um relógio. Lindo!
É de novo o tempo pedindo pra ser contado!



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terça-feira, 7 de junho de 2011

tempo, tempo, tempo...

tenho trabalhado muito, muito mesmo.
mas estou feliz!
gosto do que faço. 
procuro fazer o melhor, sempre!
penso no tempo.
muito no tempo que está por vir.
um pouco no tempo que passou.
e penso, penso o tempo todo no tempo presente... ops... passou...
a luz do quarto já está apagada.
os preparativos para os próximos dias quase concluídos.
dias de trabalho, dias de diversão, dias de decisão.
penso nas tarefas do trabalho,
na revista quase terminada,
mais uma...
penso que no fim de semana celebrávamos os 90 anos de alguém.
um alguém bem especial.
o único tio de meu pai.
penso na festa.
nos sorrisos fartos.
na emoção derramada.
penso no que já vivi.
no que quero viver.
no que está reservado pra mim
e nas escolhas que terei que fazer.
lembro-me agora,
comecei a escrever porque pensei no tempo,
no tempo que a cada dia capturava um instante para eternizar.
penso que sinto falta desse tempo.
mas, não me sinto ainda preparada para voltar.
posso, a qualquer tempo repetir a experiência.
só que penso em fazer algo diferente.
talvez um pouco mais difícil ou específico.
mas penso se isso é necessário.
talvez o mais importante seja pontuar o tempo.
agora que o Ano I terminou,
penso que o projeto 365, 
além de afinar meu olhar,
deu-me marcas do tempo.
e penso sobre a importância de pensar sobre o tempo.





quinta-feira, 19 de maio de 2011

365Dias

Não é a primeira vez que falo do Projeto 365 - tire uma foto por dia durante um ano, mas agora é diferente.
Eu fiz, eu consegui. Foram 365 dias, sem faltar um.
Preciso confessar que hoje foi um dia estranho.
Sai sem máquina - celular não conta - achei bom.
Deixei em casa a câmera, mas o que aprendi não me abandonará nunca.
Depois desses 365 dias, sou uma pessoa melhor.
Mais disciplinada, mais persistente, mais crítica, mais feliz, mais determinada e um monte de mais.
Hoje, o único menos, foi o menos peso na bolsa.
É gente, não é brincadeira não... Uma semi profissional equipada com uma lente 18-200 mm não é leve não.
Claro que não andei com ela nas costas todos esses dias, mas andei muito!
Sim, houve dias que sai com a compacta, dias que o celular virou câmera, e uns poucos dias da semi com a lente fixa de 50 mm, que diminui, e muito seu peso e tamanho.
Mas não será o peso da câmera que me impedirá de realizar um ano II.
Sim, pretendo um ano II, mas não quero simplesmente repetir a experiência.
Quero um novo desafio, e por isso preciso de tempo antes de recomeçar.
Tenho algumas ideias, como fotos de detalhes, fotos apenas com a 50 mm, fotos com o iPad, com o celular, fotos sempre tiradas de alguma janela... fotos, fotos, fotos...
Vou pensar e descansar antes de recomeçar.
Aguardem!!

domingo, 3 de abril de 2011

Projeto 365 ... Dia 320

Meu nome é Adriana, sou jornalista, estou há 320 dias fotografando. Sem faltar unzinho.
Espero alcançar minha meta de 365 dias.
Houve dias de mil fotos e outros de uma foto só.
Não tenho nenhum motivo especial para estar escrevendo esse post hoje, apenas a vontade de dividir esse momento com vocês.
Escrevo para contar-lhes que existem vícios, hábitos ou costumes que vêm para o bem.
A fotografia, por exemplo, afinou meu olhar, e mesmo tendo feito algumas fotos péssimas nesse período, algumas são realmente muito boas.
Outro ganho, é a disciplina. Assumir o compromisso e não faltar.
Pode parecer bobagem, mas quando se tem disciplina as coisas são mais fáceis, porque o difícil é ter a disciplina.
Além disso, vale o prazer e o gosto que se toma pela coisa.
Nesse processo, minha companheira portátil ficou pequena para atender aos grandes sonhos, e embora permaneça comigo, ganhou uma companheira profissional. Mas, em alguns dias, até o celular me serviu para fazer a "foto do dia".
Portanto, caríssimos, recomendo fortemente que busquem seus vícios, hábitos e costumes e façam bom uso deles.
Escolham com calma, pensando nas consequências e ganhos que cada um oferece.
E sendo assim, vivam com suas qualidades e defeitos.
Mostrando não só o que há de melhor, mas os deslizes que porventura cometerem.
Fico por aqui, porque o post já desvirtuou.
Daqui a pouco vou querer falar de amor, mas esse é um outro vício e também uma de minhas verdades...

Conheçam o Dri365Dias


quarta-feira, 16 de março de 2011

e ai...

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem.
Os dias correndo cheios de alegrias e vem a vida e te passa um susto.
Te faz rever algumas coisas e reforçar alguns valores.
Sem saber bem o que dizer, pois há mais de 24 horas sinto meu coração pular estranho, resolvi revisar e reforçar minhas 42 Verdades:


  1. A minha família é a melhor do mundo (Continua sendo)
  2. A Alice despertou em mim um amor que eu não sabia existir (Verdade absoluta)
  3. Quebrar paradigmas faz de mim uma pessoa mais feliz (Continuo assim)
  4. A felicidade é a coisa mais importante do mundo e da vida (o amor também!!)
  5. Viajar sozinha é uma forma gostosa de ver que você é uma boa companhia  (sou mesmo)
  6. Viajar em boa companhia nos faz abrir mão de nós mesmos de uma forma gostosa (querendo repetir essa experiência)
  7. Pessoas que se divertem quando estão juntas deviam estar juntas por mais tempo e mais vezes (e estarão...)
  8. Nem tudo que é bom engorda ou faz mal (é verdade!!)
  9. Não tenho medo de quase nada (mas tive medo de perder o amor)
  10. Mesmo parecendo paradoxal, sou a pessoa radical mais flexível que conheço (sou mesmo)
  11. Gosto de companhia, inclusive da minha (e da sua...)
  12. O exercício diário da fotografia transformou o meu olhar (continua transformando)
  13. Tenho poucos e bons amigos (os melhores)
  14. Preciso ir com frequência à Terra do Nunca para recarregar as energias (gostaria de ir mais do que vou)
  15. Posso parecer uma criança, mas venho colecionando experiências (ótimas!!)
  16. Dançar me alegra (muitooooo)
  17. Não vivo sem música (viciada)
  18. Ter algum dinheiro guardado é sempre bom, principalmente na hora de gastá-lo (principalmente em viagens)
  19. Cozinho diariamente por prazer e isso faz parte da minha vida (não diariamente, mas sempre com prazer)
  20. Adoro ter carro e andar a pé (e tenho gostado de andar de carro também)
  21. Carro é bom para viajar, embora prefira voar (viajar é bom de qualquer jeito)
  22. Adoro sol e mar (piscina também)
  23. Gosto de morar em apartamento, mas sinto falta de quintal, de "lá fora" (ainda sinto)
  24. Ser sócia de clube me deu um "lá fora" ainda que não um quintal (amoo)
  25. Amigos de infância que não sairam da minha vida até hoje, não sairão mais (não sairão mesmo!!)
  26. Tomar chuva lava a alma (e como!!)
  27. Mesmo não sendo anjo, sei que tenho asas (preciso usá-las mais)
  28. Apesar de ter nascido num mundo analógico, identifico-me mais com o digital (e como!!)
  29. Doeu descobrir que nem sempre o amor é suficiente (e me alegrou descobrir que quando é amor não acaba)
  30. Adoro ser jornalista e redescobrir isso me fez bem (e me faz bem todos os dias)
  31. Nunca é tarde para mudar a própria vida (enquanto se está vivo é possível)
  32. Respeito o tempo dos outros, mas principalmente respeito o meu (respeito tanto que sei a hora de passar o comando)
  33. Amo de forma intensa, embora discreta (verdadeira e profunda)
  34. Acredito, por princípio, nas pessoas (e quero continuar assim)
  35. Escolher é uma das coisas mais importantes da vida (principalmente quando se saber escolher)
  36. Apesar de vários pesares, procuro mandar na minha vida (não necessariamente nesta ordem...)
  37. Gosto de cuidar, às vezes acho difícil ser cuidada, mas gosto (gosto e cuido!)
  38. Sol mais de sol do que de lua
  39. Prefiro o dia a noite
  40. É possível usar a bicicleta como meio de transporte (mesmo sabendo que a minha está pendurada na garagem)
  41. Gosto de morar onde moro, mas se não tivesse morro, minha bicicleta sairia mais de casa
  42. Acredito nas minhas verdades, até que eu mude de ideia (é isso ai!!)