sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conversa de Natal

Ela tinha 5 anos, ele 6.

Ela conhecia Papai Noel desde bem pequena.
Conhecia os de shopping, os de rua, os de livros.
Mas também conhecia um de verdade.
Seu tio avô, frequentador da casa da bisa, era ninguém menos que o seu Papai Noel particular.

Ele também, como todos os meninos da sua idade, conhecia bem o tal Noel.
Generoso, o velhinho sempre lhe trazia muitos presentes.
Mas um dia, como também acontece com os meninos da sua idade, desconfiou da legitimidade do tal Noel.
Indignado ao descobrir-se logrado, o menino decepcionado, passou a imaginar o natal sem Noel.

Fato é, que num lugar que ainda não existe, os dois se encontraram.
Menino e menina num universo imaginário.
Ela, do alto dos seus 5 anos, afirmava que Noel até em sua cama já dormira.
Ele, com a confiança de quem 6 anos completara, tentava convencer a pequena de que ela também havia sido enganada.
Mas qual o que, a menina é teimosa.
Como poderia não existir aquele que a qualquer tempo, não só no Natal, com ela a mesa dividia.
O menino, por seu lado, preferia acreditar.
Embora os colegas de escola, aparentemente mais experientes, afirmassem ser uma boa lorota.
A menina argumentava, o menino rebatia.
Ela insistia e ele refletia.

Por fim, sabiamente decidiram.
A menina convidou.
E o menino aceitou.
Foram juntos, pelo skype, conversar com o bom Noel.
Chamada feita, Noel atende. De roupa comum, mas de barba branca, óculos e sorriso no rosto.
A menina sorriu num silencioso: eu te disse! Ele é de verdade!!
O menino suspirou: que bom que ela estava certa!!

Um comentário:

As verdades são muitas...
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