terça-feira, 26 de julho de 2011

A verdade de número 43

Há dias tenho pensado qual seria a minha próxima verdade, pois, aos 42 anos, escrevi e reescrevi 42!
Às vésperas de completar 43, reparo que falta uma das minhas verdades mais verdadeiras na lista.
Então, lá vai:

43 - As cartas não mentem jamais!

E tenho dito!!!

As outras 42 revistas

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ano II - Muito mais que fotografia

exageros, fotos estouradas, desfocadas,
tratamentos que transformam a realidade em fantasia.
não há nenhuma intenção em disfarçar defeitos.
tudo começa com uma enorme dificuldade com a Lente 50mm.
gosto de detalhes e não tenho zoom,
prometi não cortar as fotos falseando o zoom.
tive que apelar.
o resultado não precisa ser sempre belo
nem o melhor.
mas quero o diferente.
a foto de hoje, parece desenho,
parece mentira.
tudo por conta do tal do lightroom
que se apresenta como uma gostosa brincadeira.
perdi o medo de ousar,
parei de usar os pré-definidos,
deslizo o mouse pelos controles livre e exageradamente.
se vai ser assim até o fim,
não sei dizer.
mas enquanto eu quiser,
vou mais que fotografar...

Confira o Ano II

terça-feira, 5 de julho de 2011

É melhor começar do zero, ou melhor, do louco.

Trabalho que apresentei em 8/12/2010 ao final do Curso Completo de Tarô, ministrado pela taróloga Luciene Ferreira.
Este texto foi publicado também no Clube do Tarô administrado por Constantino K. Riemma

"Na carta, um homem anda com um bastão na mão direita. Está de costas, mas seu rosto está visível. Leva uma vara na mão e uma pequena trouxa. Veste-se como os bobos da corte, um animal parece lhe arranhar a perna ou morder a barra de sua calça. Dizem que o avisa do precípicio, prefiro crer que é apena um animal brincalhão.
O mais sábio dos idiotas, o Louco é meu velho companheiro, poderia até mesmo dizer, que é o meu exercício diário, já que é meu arcano de vida.
Mesmo acompanhada da Temperança (meu arcano pessoal) que me dá equilíbrio e ponderação, é O Louco que torna minha vida mais divertida. É por ele que me levanto, é ele quem me faz escolher ser alegre.
Como não acontece por acaso, lembrei ainda ontem pela manhã de uma história: O Cavalo Mágico, que fala de um jovem que acredita e persegue o desejo de seu coração. E vejo O Louco assim. Alguém que acredita e que busca, a sua maneira, seus sonhos e desejos.
Muitas vezes criticado por sua falta de foco e uma certa displicência, o Louco tem na verdade um saber tão diferente que é confundido com distração.
Tudo bem, posso só estar vendo as qualidades do nosso amigo, sei que tenho um gosto estranho para arcanos, sendo encantada por todos que trazem mudanças, até mesmo com dor, como a torre.
Mas o fato é que, até hoje, O Louco, só me trouxe boas coisas. Ele já andou pelo meu social e agora está estacionado na casa 1 do meu mandala, dizendo que estou, sim mais Louca do que nunca. O que pra mim é uma ótima notícia.
Teorizando um pouco, o Louco anuncia Novos começos, novas aventuras, novas oportunidades, oportunidades ilimitadas, prazer, paixão, facilidades, mas seu lado negro anuncia más decisões, indecisões, apatia, hesitação, escolhas erradas. Por isso, recomendo, escolha sempre o lado bom!!
O Louco é espontâneo, tem fé. Ele recomenda que se viva o momento, tenha confiança e não se importe com os aborrecimentos, aceite suas escolhas, e seja feliz!!
O Louco tem sua própria verdade, e eu lhes digo, é uma verdade verdadeira. Por isso mantenha a fé e acredite em si mesmo, siga seu coração, mesmo que pareça tolo.
Sempre imprevisível, O Louco traz em si o elemento surpresa. Dele se espera tudo e não se espera nada. Seu potencial é ilimitado.
Achei isso num site e gostei: Há uma sensação de que esta carta sirva em qualquer situação – nada é certo ou regular. O Louco acrescenta o novo e o não familiar à situação.
O Louco convida a sonhar, sentir um Zero, um nada, é sentir um Tudo, um enorme espaço vazio a ser desenhado com o que você quiser. O Louco te dá o espaço para que você preencha com seus sonhos. E pouco se precisa para realizar. Na bolsa, jogada nas costas, suas experiências mais valiosas. Poucas, mas suficientes para enfrentar um exército de dragões. O pouco é tudo, a arte está em fazer-se acreditar.
Com o rosto voltado para frente em direção ao futuro, o louco caminha decidido, não enfrenta oposição nem tem companhia pois como é representado de costas, revela-se um personagem que rompeu com todas as suas relações anteriores. Ele quebrou padrões.
É interessante ressaltar que só abandona alguma coisa ou quebra padrões que já teve alguma coisa ou algum padrão. Talvez seja uma viagem louca, mas o 0 e o 22 fazem sentido aqui. Zero que nada mais tem, mas já teve o máximo que se pode ter (22). É a criança e o velho, o que ficou e o que está por vir.
Mas de tudo fica uma coisa, o Louco é alguém do bem. Ele é absolutamente livre, e por mais que alguns neguem, é realizador, pois nada teme. Todos temos um pouco dele, mas muitas vezes o medo de viver aprisiona e o louco fica a míngua".

Achei também, navegando loucamente a esmo, um texto entre aspas, mas sem indicação de autor, que, parece-me traduzir bem esse intraduzível ser:
"Eu sou Nada, posso vestir qualquer forma,
a forma de um rei ou de um vagabundo,
a forma da juventude ou da velhice,
a forma da estupidez ou da sabedoria.
Minha mochila está vazia.
Minha mochila contém o Céu e as estrelas,
o Sol e a Lua,
o mar, as florestas, as cidades com seus moradores
e o vento que vem do mar,
o vento onde voam os pássaros
e o vento de Luz, que vem das galáxias.
Não sei nada, o Universo é grande demais.
Eu compreendo sendo.
Para compreender o rei eu sou o rei,
para compreender a vida sou a vida,
para compreender o amor, amo.
Para compreender o relâmpago, eu caio do Céu,
para compreender o fogo, danço a dança das chamas,
para compreender você, sou você.
Para compreender o Divino, entro em comunhão.
Podem latir os cachorros e morder.
Podem morder as minhas roupas.
Não podem morder o Nada que eu sou."

sábado, 2 de julho de 2011

A temperança que virou torre...

Trabalho que apresentei em 2/07/2011 ao final do Curso de Técnicas Avançadas de Tarô, ministrado pela taróloga Luciene Ferreira.

Batizada Temperança, nascida em dia de Louco, tem como missão aprender com o isolamento do Eremita. Suporta a ansiedade da Temperança porque consigo tem O Louco. É ele que lhe alegra os dias e que, deliciosamente, está de novo na Casa central do seu mandala.
Certo dia ocorreu-lhe, porém calcular quem por trás estava dos dois nomes que assinava. Eram duas escolhas, uma pessoal, outra profissional. E eis quem se revela, por trás das duas escolhas, ergue-se o mesmo arcano, aquele que construindo, desconstrói e desconstruindo, um novo mundo constrói.
Pode até demorar, pois é preciso se encher de esperança para se recuperar, fazer um novo mergulho em seu íntimo, voltar a brilhar, perdoar, para só então encontrar o novo mundo e fechar o ciclo.
Mas não é sobre o caminho que vou falar.
É como A Torre que me apresento. Mas não vim pra causar dor.
O que pretendo é mostrar que desconstruir-se pode não ser tão ruim.
Quem não consegue por tudo abaixo, jamais experimentará um novo começo.
A Torre ou Casa de Deus, como também é conhecida, é o arcano que liberta.
Vem para quebrar paradigmas e permitir o novo começo.
É certo que alguma dor ela traz, até porque ela não vem por escolha, mas por mãos de outros. E nem sempre parece ser o momento certo, nem sempre parece ser a maneira correta, mas ela é implacável e vem porque tem que vir e põe abaixo tudo aquilo que é velho, inútil e descartável.
Vez por outra, aquele que desaba pergunta o porquê.
Eu gostava tanto disso ou daquilo... Queria tanto manter pra sempre...
Meus amigos, fiquem atentos, sempre é tempo demais.
Entregar e confiar é o melhor a fazer.
Não segure nada em vão, o porvir é sempre melhor.
A Torre vem para cortar os excessos do ego.
Você teve as chances de podar os excessos com A Morte, ponderou e manteve algumas coisinhas, ficou tão cheio de si que não poderia seguir em frente. E é ai que ela surge e zazzz...
Põe tudo abaixo!!
Agradeça a chance oferecida!
A Torre nos dá a oportunidade de uma viagem interior de pura libertação. É a nossa chance de corrigir os erros e apagá-los.
Todos construímos castelos ao longo da vida, mas vez por outra, uma pedra mal colocada, uma janela no lugar errado, uma porta emperrada vão deturpando nosso projeto original e o castelo, tão belo, se transforma numa morada tosca.
E então você, com medo de que tudo caia na tentativa de colocar no lugar aquela pedrinha, começa a por, aqui e acolá, escoras, arranjos, remendos.
Surge uma goteira e rapidamente um balde é colocado pra aparar a água.
O piso estufa e o sofá mais pesado é arrastado para disfarçar o estrago.
E assim, vamos ficando prisioneiros de nossos próprios medos, prisioneiros dos males do tempo.
É esse o momento da Torre, é agora que ela vem e faz o que precisa ser feito.
Como disse lá no início, meu arcano pessoal é a Temperança. E não quero, de forma alguma, descartá-la ou desprezá-la. Ela me dá um equilíbrio útil.
Mas, vez por outra, a necessidade de apressar as coisas faz com que eu lance mão de outros poderes.
O Louco, arcano de vida, naturalmente me ajuda a enfrentar o tédio da Temperança, mas tem horas, que só mesmo Torre....
Até meu Mapa Astral me pede isso: Quebre padrões, disse a astróloga. Então pensei: Torre!!
Seja aquela que abre os caminhos. Aqui, penso eu, preciso ser mesmo louca. Por os pés na estrada e iniciar minha jornada.
E antes de começar, por favor, não posso pensar muito. Que venha a Torre!
Como arcano de poder ela me conduz para a busca da verdade, um pouco Eremita que tenho como missão.
Me cobro muito e posso até ter prejuízos, mas a realidade me guia.
Preciso ter cuidado, pois o imprevisível, de forma quase previsível, ronda meu caminho.
Há muito me reconheço como a pessoa radical mais flexível que conheço.
Nessa mistura de arcanos, tenho muita convicção, mas nada que de tão rígido não possa ser mudado enquanto os olhos piscam.
Fiel aos meus princípios, faço bom uso de minha capacidade criativa e construtiva.
Armaduras abaixo! Preciso estar leve para enfrentar o mundo. Sem muito método, sem muito medo, por onde passo deixo minha marca. Apressada, preciso da Temperança para me freiar. Pobre dela, já penava para segurar o Louco, e agora, cismo de ser Torre... O Eremita, coitado, vai ter que ajudar.
Geralmente as mudanças da Torre tem origem no ambiente externo, provocando uma alteração drástica na rotina. Mudanças duras, difíceis, mas necessárias. Esse é o grande aprendizado da Torre via caminho da dor para a evolução verdadeira. As mudanças que vem de fora causam impacto no fundo de nossa alma. A Torre traz em si os princípios de restauração e renovação. Forte e frágil, a edificação rui, e com ela nossas crenças mais arragaidas.
Encontrei no site http://www.dassigny.com.br o texto abaixo que é um convite para promovermos a nossa Torre, e peço que vocês me acompanhem nessa viagem.
"Inspirando Luz, expirando Luz,
inspirando Luz pelo seu corpo inteiro,
expirando uma profunda sensação de bem estar,
deixando seus músculos se relaxar,
se abandonar,
você entra no Templo da sua consciência.
Para descobrir o segredo da Torre,
Começa de se imaginar numa Torre de pedra,
uma Torre de meditação.
A Casa-Deus.
Você está em uma Torre de solidão.
Meditando... ao redor de você olhando
as paredes de pedra.
Escutando o silêncio ao redor de você.
Percebendo:
Meu destino é uma Torre de pedra,
meu carma me aprisiona.
De repente, um raio, um relâmpago
ilumina o interior da torre,
um relâmpago que vem do mais alto,
de mais alto do que o alto da Torre.
Na luz do relâmpago percebe:
Eu sou o relâmpago.
Minha Torre é um relâmpago de Luz.
Você já vestiu a forma do relâmpago.
E você se lembra,
se lembra que você é uma consciência,
uma consciência sem forma,
infinita, livre, livre,
capaz de vestir qualquer forma.
Lembra-se que você não é suas roupas,
não é seu corpo, nem suas emoções,
lembra-se que é consciência pura,
é o Eu Superior que você é.
Inspirando a Luz, expirando a Luz,
você sobe para o Céu,
para o Infinito.
Desce.
Desce como a chuva, sem forma.
Desce em chuva.
Você é uma chuva de benções,
que desce para a Terra.
Ao chegar na Terra, você veste seu corpo humano.
Entra livremente na Torre do destino.
Entra na Torre, como entra um arquiteto.
Entra com o Poder de dar à Torre do seu destino
a forma que você quer.
E você arquiteta a Torre na forma de um castelo,
lindo, na beira de um rio,
onde se refletem árvores
e a beleza da construção alta que você edificou.
De novo você chama o relâmpago.
Do Nada, você chama o relâmpago.
Ao longo dessa corda de Luz,
sobe para o Infinito,
como o relâmpago que você é, num flash,
sobe para o Infinito.
Do Nada, do Infinito,
do Nada, cai em chuva.
Ao chegar na Terra, veste seu corpo humano,
seu corpo iluminado.
Entra na Torre.
Fala com a Torre.
Falando com a Torre do seu destino.
Diz à Torre: "Eu sou você".
Ao relâmpago que vem do Nada, fala,
dizendo: "Relâmpago eu sou você."
Sim, você é um relâmpago que vem do Nada, do Infinito,
para o espaço e o tempo.
Você é um relâmpago que se cristaliza
em Torre, em Casa-Deus,
você esta realizando a Grande Obra,
a Casa do Sol, a Casa da Consciência,
compartilhando da criação permanente do Universo.
Sim, você é um relâmpago que cria o Universo.
E você anda no Paraíso terrestre.
Do alto da Torre se espalha um vôo de pombos".


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